11/11/2015 07h00 - Atualizado em 16/11/2015 14h45

App de celular que diz se mosquito é da dengue é testado em Piracicaba

Projeto experimental, sem custos para Prefeitura, é realizado em 2 bairros.
Agente faz imagem de inseto em armadilha; objetivo é prevenir infestação.

Claudia AssencioDo G1 Piracicaba e Região

Agentes de saúde foram treinados para usar aplicativo de celular no combate à Dengue (Foto: Laura Leite/ Prefeitura de Piracicaba)Agentes de saúde foram treinados para usar aplicativo de celular  (Foto: Laura Leite/ Prefeitura de Piracicaba)

Piracicaba (SP) começou a realizar testes para monitoramento do mosquito Aedes aegypti por de aplicativo de celular. Associada a um GPS, a tecnologia permite que o agente de saúde tire uma foto do inseto preso em armadilhas. O app analisa a imagem e identifica se o mosquito capturado é macho ou fêmea e se é transmissor da dengue.

O objetivo do projeto-piloto é ajudar a prevenir possíveis infestações, de acordo com a empresa responsável pelo app e a Secretaria de Saúde do município. Os testes acontecem desde 27 de outubro e os primeiros resultados devem ser divulgados em 10 dias.

Como a iniciativa está em fase experimental, terá duração de três meses, sem custos para a Prefeitura. Após esse período, a Secretaria de Saúde avaliará a viabilidade de implantação do app em maior escala. O sistema já é testado também em outras cidades paulistas e em Porto Alegre (RS).

O projeto pretende antecipar o combate à doença antes do mosquito agir, informou a Ecovec, empresa de Belo Horizonte (MG) que desenvolve o projeto em Piracicaba. Na cidade, foram instaladas 28 armadilhas em dois bairros. Cada equipamento tem uma distância de 250 metros um do outro.

Piracicaba testa monitoramento inteligente da Dengue com aplicativo de celular (Foto: Reprodução)Piracicaba testa monitoramento inteligente da Dengue com aplicativo de celular (Foto: Reprodução)

Com o GPS, a intenção é que um mapa mostre, instantaneamente, se há infestação do mosquito transmissor da dengue nas áreas onde estão instaladas as "armadilhas". Os bairros Vila Fátima e Vila Monteiro foram escolhidas para realização dos testes, segundo a Prefeitura, devido aos históricos de ocorrências da doença.

O índice de infestação da região é representado em uma escala de cores, do verde ao vermelho. Os agentes de saúde, responsáveis pela instalação, manutenção e monitoramento das armadilhas, foram treinados para capturar as imagens e interpretar os dados do aplicativo, segundo a empresa.

Armadilhas
De acordo com Bruna Natalina de Souza Martins, analista de relacionamento da Ecovec, as armadilhas funcionam como falsos criadouros. O equipamento é composto por um recipiente com pouca água e uma lâmina com um atraente sintético, onde a fêmea do mosquito entra para botar, mas fica presa e morre.

“O conteúdo das armadilhas é retirados pelos agentes do combate à dengue e os mosquitos capturados também são enviados para análise em laboratório, em Belo Horizonte”, disse.

 

Aposta
O coordenador do Plano de Combate à Dengue de Piracicaba, Sebastião Amaral Campos, afirmou que o projeto-piloto é uma aposta do município para ampliar as ações de prevenção à doença na cidade.

“Estive com o secretário de Saúde, Pedro Mello, em Porto Alegre em junho para conhecer a tecnologia. Consideramos o sistema eficiente e, por determinação do secretário, decidimos fazer esse programa piloto na Vila Monteiro e Vila Fátima”, afirmou.

Casos
De acordo com levantamento mais atualizado da Secretaria de Saúde de Piracicaba, até o dia 8 de novembro, foram confirmados 3.662 casos de dengue na cidade, com 8.789 registros suspeitos notificados. Na Vila Monteiro, há 127 casos e, na  Vila Fátima, são 26 ocorrências.

 

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