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Tudo sobre os peelings, tratamento queridinho da pele para o inverno

Eles promovem intensa renovação celular e melhora manchas e rugas
Tudo que você precisa saber sobre o peeling Foto: Berg Silva / Agência O Globo
Tudo que você precisa saber sobre o peeling Foto: Berg Silva / Agência O Globo

RIO - Agora que o sol baixou, o vento esfriou e a praia já não é necessariamente um bom programa para o fim de semana, os peelings entram em ação como uma tradicional e excelente opção de tratamento para tratar manchas, linhas finas, rugas profundas e até cicatrizes.

- O peeling é realizado com a intenção de promover a descamação e a posterior renovação celular. As intensidades são diferentes e variam de acordo com a queixa do paciente e da profundidade da pele que se deseja alcançar para aquele tratamento específico - explica a dermatologista Alice Buçard, do Rio de Janeiro.

Como as reações podem ser desconfortáveis logo depois do procedimentos, listamos as principais dúvidas sobre o assunto.

Por que os peelings são feitos com mais frequência no inverno?

O fato de estarmos menos expostos ao sol é o grande motivo de os médicos indicarem mais esse tipo de procedimento.

- É uma época de menor exposição ao sol, com a pele menos bronzeada, o que eleva o grau de segurança do procedimento. Além disso, a recuperação é mais confortável - explica o dermatologista Murilo Drummond, também do Rio.

Quais os tipos de peeling existentes e quais as principais diferenças e indicações de cada um deles?

Existem dois tipos principais, que se diferem pelo mecanimos de ação de cada um. Segundo Alice Buçard, os mais populares são os químicos feitos com a aplicação de ácidos isolados ou combinados, como por exemplo, retinóico, glicólico, mandélico e salicílico.

- Essas variações permitem que o dermatologista tenha em mãos uma importante ferramenta no tratamento de diversas queixas dos pacientes, como manchas, melasma, rugas finas e poros dilatados. Nesses casos, optamos por fazer uma descamação da camada mais superficial da pele - explica Alice. - Mas, quando a queixa é a presença de rugas mais profundas, cicatrizes de acne ou flacidez, podemos lançar mão de peelings médios, que promovem uma descamação mais intensa e profunda.

Existem também os físicos, quando o processo de retirada de células mortas mecanicamente, sem depender de reações químicas.

- O peeling de cristal, por exemplo, não é um procedimento novo, mas ainda é bem procurado. Ele promove uma microdermoabrasão na pele valendo-se de cristais finíssimos de hidróxido de alumínio. Reduz poros, remove as células mortas e estimula a produção de colágeno - explica a dermatologista Paula Bellotti.

Qual a frequência ideal para realizar esses procedimentos?

A frequência ideal depende uma avaliação cautelosa de um dermatologista, mas, os superficiais podem ser feitos com um intervalo de 15 em 15 dias ou ate uma vez por mês. Já os procedimentos que atingem camadas médias e profundas, podem ser feitos a cada seis meses.

Existem contraindicações?

É preciso sempre avisar ao médico se há algum tipo de alergia ao ácidos da fórmula ou se há feridas na pele. Quem tem rosácea ou herpes também deve avisar ao dermatologista.

Existe uma idade ideal para procurar esse tipo de procedimento?

Tanto adolescentes que sofrem com acne, ou jovens adultos que querem prevenir o envelhecimento, ou os donos de peles mais maduras podem fazê-lo.

Quais são as principais reações e como evitar incômodos?

Vermelhidão, descamação e pele áspera podem ocorrer logo após o procedimento. Mas as dicas de Paula Bellotti são:

- Deve-se usar filtro solar com alto FPS e borrifar água termal geladinha várias vezes por dia. No caso da maquiagem, optar sempre por marcas com produtos minerais e usar os dermocosméticos indicados pelo dermatologista, que, em geral, sao à base de ativos calmantes.

Quais as precauções a serem tomadas antes e depois do peeling?

Quem usa qualquer tipo de ácido tópico em casa, é preciso suspendê-lo por uma semana antes do procedimento.

- Eles só podem ser aplicados novamente depois de, no mínimo, uma semana - diz Alice, recomendando ainda fugir do sol por pelo menos dez dias depois do procedimento e evitar puxar as camadas da pele que estão caindo. - Assim, evitamos o surgimento de manchas.