Edição do dia 21/01/2016

21/01/2016 14h20 - Atualizado em 21/01/2016 14h20

Casal descobre que teria trigêmeos durante o trabalho de parto dos bebês

Durante a gestação, os exames mostraram que o casal teria gêmeos.
Na sala de parto, o médico avisou que tinha mais um menino chegando.

O casal da cidade de Parisi, na região noroeste de São Paulo, já tinha um filho e planejava ter mais um. Logo no começo da gestação, Ana Paula e Renato souberam que seriam pais de gêmeos e escolheram os nomes: Pedro e Felipe.

Na hora do parto veio mais uma surpresa. “O médico tirou o primeiro bebê, perguntou o nome. O segundo, que foi o Felipe. Aí ele pegou e falou que tinha mais uma bolsa. No centro cirúrgico ninguém acreditou. Aí foi um susto, porque ele falou, 'não, gente, é verdade, tem até o pezinho aqui já’. Aí ele tirou, eu só acreditei na hora que eu escutei o bebê chorando mesmo”, conta Ana Paula Faria.

O terceiro estava lá, escondidinho na barriga da mamãe Ana Paula. O nome foi escolhido na hora: Paulo. O pai acompanhou tudo de perto e precisou de um tempo para acreditar no que estava vendo. “A emoção é tão grande, que eu parei um pouco e falei: 'é brincadeira'. Depois fui cair na real que era verdade. O médico já foi movimentando, pegando o bebê, mas eu queria ver mesmo, pegar”, conta Renato Ferreira, pai dos trigêmeos.

Durante toda a gestação, Ana Paula acreditava estar grávida de gêmeos. Os exames feitos no pré-natal mostravam apenas dois bebês. Até mesmo o que foi feito antes do parto. “Eu fiz vários ultrassons e todos mostravam só dois. Inclusive antes do parto eu fiz mais dois, na Santa Casa e só mostravam dois bebês”, diz a mãe.

O Conselho Regional de Medicina está analisando o caso. “É um caso incomum. Hoje, com os aparelhos de ultrassom é muito raro não conseguir detectar uma gravidez múltipla. Pacientes que têm um índice de massa corporal aumentada, pacientes que são obesas, existe uma dificuldade no ultrassom em detectar essa imagem”, explica o médico José Luiz Crivellin.

Pedro, Felipe e Paulo não são idênticos. Cada um foi gerado em uma placenta. Os irmãos nasceram na Santa Casa de Votuporanga, com 33 semanas. Apesar de prematuros, não precisaram ficar na UTI.

Em casa, a família conta com a ajuda do filho mais velho para cuidar dos trigêmeos. O Lucas, de 12 anos, é um grude só com os irmãozinhos. “Me senti muito feliz. Nunca tive nenhum irmão e de uma vez veio três”.