O Corinthians começa nesta quinta-feira a escolher quem será seu novo
treinador. O fim repentino da era Tite fez a diretoria do Timão se apressar
para encontrar um substituto que possa comandar a equipe já no domingo, contra
o Botafogo, em Itaquera, pelo Brasileirão. Muitos nomes estão sendo especulados
nos bastidores do clube, mas alguns deles começam a ganhar mais força.
Pela manhã, a direção corintiana procurou Roger Machado, do Grêmio, mas recebeu um não como resposta. O técnico foi indicado por Tite como forma de dar continuidade ao trabalho e recusou a oferta que dobraria seu salário. Ele fica no clube gaúcho.
Oswaldo de Oliveira, do Sport, aparece como o mais cotado
neste momento. Alguns motivos o colocam em vantagem. O técnico tem boa relação
com o presidente Roberto de Andrade, fã do trabalho dele. Internamente, o
técnico conta com o apoio de integrantes da comissão técnica permanente, como o
preparador físico Fábio Mahseredjian, muito próximo dele.
Pessoas ligadas a Oswaldo relataram que dirigentes
corintianos fizeram um contato preliminar e que o técnico se mostrou disposto a
trocar de equipe – a diretoria não confirma que procurou o treinador. Ele não
vive bom momento desde que chegou a Pernambuco e agora teria a oportunidade de
retornar ao clube pelo qual conquistou o Mundial de Clubes de 2000.
ENQUETE - Quem deveria ser o novo técnico do Timão?
Outro "medalhão" bem avaliado pelos dirigentes é Abel Braga.
A negociação, porém, esbarra no assédio do Flamengo nos últimos dias. Em contato com a reportagem do GloboEsporte.com, o treinador negou que tivesse sido procurado por dirigentes corintianos e indicou que pode acertar com o clube do Rio de Janeiro nos próximos dias.
Dorival Júnior também teve o nome cogitado no CT Joaquim
Grava em alguns momentos. A direção avalia como improvável qualquer conversa,
já que o técnico faz bom trabalho no Santos e muito provavelmente não aceitaria deixar o
clube para assumir um rival.
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Apesar dos elogios na entrevista coletiva de quarta-feira,
dirigentes corintianos acreditam que dificilmente o presidente Roberto de
Andrade vai investir em um treinador novato. Fernando Diniz, do Oeste, é
constantemente citado por torcedores nas redes sociais, sobretudo depois da
ótima campanha no Paulistão com o Audax.
Eduardo Baptista, da Ponte Preta, se encaixa no mesmo
perfil. Preparador físico na campanha do rebaixamento do Corinthians para a
Série B, em 2007, ele é muito próximo do ex-presidente Andrés Sanchez. Tanto
ele quanto Diniz já manifestaram que não pretendem deixar seus clubes neste
momento. Sylvinho, ex-lateral-esquerdo e atual auxiliar da Inter de Milão, corre por fora.
A tendência é que o Corinthians escolha um treinador com
experiência para substituir o técnico mais vencedor da história do clube. Mais
que isso, alguém que também sirva como referência para momentos de turbulência
e pressão. Seja qual nome for, Roberto de Andrade tem pressa para anunciá-lo,
no máximo, até sexta-feira.