Reuters

23/06/2016 11h22 - Atualizado em 23/06/2016 11h23

Surto de febre amarela afeta Angola e Congo; Brasil exige vacina de viajante

OMS fará vacinação de emergência para combater surto que já matou 345.
Como medida de prevenção para Olimpíada, viajantes terão de se vacinar.

Do G1, em São Paulo

 Moradores lêem jornais com notícias sobre o surto de febre amarela nas ruas de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, nesta terça-feira (21)  (Foto: Reuters/Jean Robert N'Kengo) Moradores lêem jornais com notícias sobre o surto de febre amarela nas ruas de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, nesta terça-feira (21) (Foto: Reuters/Jean Robert N'Kengo)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quinta-feira (23) que irá iniciar campanhas de vacinação de emergência contra a febre amarela ao longo da fronteira entre Angola e a República Democrática do Congo e na capital congolesa, Kinshasa, no mês que vem, segundo a Reuters.

O pior surto de febre amarela em décadas já matou cerca de 345 pessoas em Angola. Já o Congo declarou uma epidemia em Kinshasa e duas outras províncias na segunda-feira depois de relatar 67 casos confirmados e mais de mil outras ocorrências suspeitas.

 

Prevenção para Olimpíada
Na semana passada, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou que, a partir da primeria quinzena de julho, passará a exigir um certificado de vacinação de febre amarela para viajantes provenientes da República Democrática do Congo ou da Angola e também para viajantes que têm como destino esses países.

Segundo a pasta, a medida será preventiva pra os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. As delegações, os atletas e os turistas provenientes desses países deverão apresentar certificado com data de vacinação de ao menos 10 dias antes da viagem. Atualmente, existem três voos diretos ligando Brasil a Angola.

No Brasil, os útlimos casos de febre amarela em áreas urbanas, onde a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, ocorreram em 1942. Em 2015, houve 15 casos de febre amarela silvestre no país e, este ano, um caso foi registrado, com morte, segundo o Ministério da Saúde.

Campanha na África
Em um comunicado, a OMS disse que a campanha abrangerá uma área de 75 a 100 quilômetros da divisa, onde há muita circulação e comércio, para evitar que a doença se propague.

Segundo a entidade, a campanha irá começar em julho. Atualmente quase não há mais vacinas no Congo, e uma nova leva de mais de um milhão de doses pode demorar semanas para chegar.

O estoque global de vacinas para febre amarela já se esgotou duas vezes neste ano devido à imunização dos habitantes de Angola, Uganda e Congo. A quantidade atual é de 6 milhões de doses, mas especialistas alertam que isso pode não bastar se houver surtos simultâneos em várias áreas densamente povoadas.

O vírus da febre hemorrágica transmitido por mosquitos é uma grande preocupação em Kinshasa, uma cidade de cerca de 12 milhões de habitantes com serviços de saúde precários, um clima úmido propício aos insetos e muita água estagnada onde podem procriar.

 

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de