27/06/2016 12h56 - Atualizado em 27/06/2016 16h15

Suspeita de matar filha grávida e ferir neto é mantida sedada, diz delegada

Professora de 59 anos tentou se matar e permanece internada sob escolta.
Vítima e bebê foram enterrados nesta segunda-feira em Ribeirão Preto (SP).

Do G1 Ribeirão e Franca

Professora foi esfaqueada pela mãe enquanto dormia  (Foto: Reprodução/Facebook)Professora foi esfaqueada pela mãe enquanto dormia (Foto: Reprodução/Facebook)

A professora de música Alda Poggi Pereira, de 59 anos, suspeita de matar a filha, grávida de sete meses, e esfaquear o neto de 4 anos é mantida sedada em um hospital particular em Ribeirão Preto (SP). Presa e sob escolta policial, ela será levada a uma cadeia da região assim que for liberada.

As informações são da delegada Luciana Camargo Renesto Ruivo, que assumiu a investigação do caso e tinha a intenção de ouvir o depoimento de Alda ainda nesta segunda-feira (27), para tentar esclarecer o crime, ocorrido na manhã de sábado (25), dentro da casa da família.

Alda Poggi Pereira é suspeita de matar a filha e esfaquear o neto de 4 anos (Foto: Reprodução/Facebook)Alda Poggi Pereira é suspeita de matar a filha e
esfaquear o neto (Foto: Reprodução/Facebook)

“Eu tinha a intenção de ouvi-la, porque ela foi indiciada, mas não foi ouvida. Agora, não será possível. O médico disse que ela está muito agitada, então estão mantendo sedada. Ela está bem fisicamente, mas está completamente surtada”, explicou.

Alda esfaqueou a filha, a professora Ligia Poggi Pereira, de 30 anos, enquanto dormia. Em seguida, deu duas facadas no pescoço do neto e ligou para um vizinho, dizendo que também se mataria. Cesar Vassimon foi à casa da família e conseguiu evitar o suicídio, mas ficou ferido.

Após o crime, Ligia foi submetida a uma cesárea, mas ela e o bebê não resistiram. O enterro aconteceu na manhã de segunda-feira, em Ribeirão Preto, após ser adiado para que o marido participasse da cerimônia. O produtor audiovisual estava em viagem à Itália.

O filho do casal passou por cirurgia e permanece internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE). A assessoria da instituição informou que o estado de saúde é considerado grave.

Investigação
A delegada afirmou que Alda deve ser liberada do hospital nesta terça-feira e será levada à delegacia para prestar depoimento, antes de ser encaminhada à cadeia de Cajuru (SP). Ela responde por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

“Assim que ela tiver sem calmante, eu vou ouvi-la. A motivação não ficou clara. Talvez nem fique, porque ela pode decidir falar apenas em juízo. Então, pode ser que ela diga, pode ser que não”, disse Luciana.

Ainda de acordo com a delegada, investigadores devem ir à casa da família, no bairro Ribeirânia, para intimar o marido da suspeita e o genro a prestarem depoimento ainda na tarde desta segunda-feira. O vizinho, que sofreu ferimentos leves, também deve depor.

"Eu preciso saber, na verdade, quem é essa mulher. Eu preciso saber se ela tem algum problema emocional, se a família pode dizer alguma coisa. Está todo mundo sem entender o que aconteceu. Só quem convive, quem conhece essa mulher pode dizer", afirmou.

 

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