A segunda-feira encerrou as oitavas de final da Eurocopa e
tirou duas campeões mundiais de cena na Eurocopa: a Espanha, que conquistou as
duas últimas edições do torneio, e a Inglaterra. Seguem adiante a tradicional
Itália e a surpreendente Islândia. Além disso, o dia de jogos na França ainda
teve o brilho particular de Antonio Conte e Buffon do lado da Azzurra. Na
classificação da pequena ilha de 330 mil habitantes, destaque (mais uma vez) para
a participação da torcida e (novamente) para a arma (não tão) secreta da
Islândia: a cobrança de lateral. Mas teve quem culpasse um velho pé-frio pelo
adeus inglês: Mick Jagger. Confira abaixo.
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As duas faces de Conte
O técnico Antonio Conte foi considerado um dos grandes
responsáveis pela vitória que levou a Itália às quartas de final. E ele só não
fez mais, indo à campo, porque não pôde. Fora dele, ele reagiu como se fosse um
dos 11 jogadores com a camisa azul. Até bola, irritado, chutou. Mas quando
Pellè fez o gol que assegurou a classificação e correu para o abraço. Vale
conferir as reações do treinador em campo.
O fator Buffon
Chiellini e Pellè marcaram os gols da classificação
italiana, mas devem muito a Buffon. O goleiro veterano justificou com sobras a
razão pela qual é considerado por muitos o melhor de sua geração. Quando a
situação apertou no segundo tempo, ele fechou o gol e, com a vaga assegurada,
festejou da maneira que já virou tradição na Euro: subindo em uma das traves.
Jagger, o pé-frio
No outro jogo da rodada, teve quem colocasse a responsabilidade pela
eliminação inglesa na conta de Mick Jagger. Com fama de ser um dos maiores
pé-frios do futebol mundial, o cantor compareceu ao estádio de Nice para torcer
pela seleção na Eurocopa. O líder do Rolling Stones chegou a publicar um
vídeo no Twitter vibrando com o English Team.
Porém, logo após os gols da virada da Islândia ainda no
primeiro tempo, Jagger tirou o vídeo do ar. Na Copa de 2010, as piadas na
internet o consideraram “culpado” pelas eliminações de Inglaterra, EUA, Brasil
e Argentina, após ele passar a torcer por essas seleções.
Arma (nem tão) secreta
Mas seria injustiça colocar tudo na conta de Jagger. Afinal,
Roy Hodgson, que pediu demissão após a derrota, não avisou seus jogadores do
perigo que é a cobrança de lateral islandesa. Foi em uma jogada desse tipo que Bödvarsson
abriu caminho para a vitória sobre a Áustria na semana passada e, quase da mesma
forma, Ragnar Sigurdsson iniciou a virada escandinava nesta segunda-feira.
A falha de Hart
O goleiro da Inglaterra também deve dividir a sua parcela de
responsabilidade pela zebra com os demais. Aos 17 minutos de jogo, ele não
conseguiu segurar um chute defensável de Sigthórsson que deixou a Islândia em
vantagem no placar. Depois disso, a Inglaterra teve que correr atrás do
prejuízo, sem sucesso.
Campeões do carisma
A torcida da Islândia é um show à parte cada vez que a
equipe nórdica vai a campo na Eurocopa. Com um pé bem mais quente que o de Mick
Jagger, uma parcela significativa das 330 mil pessoas que habitam a ilha esteve
no estádio em Nice para comemorar com os jogadores a classificação heroica e,
como de hábito, fez bastante barulho.