11/11/2015 12h50 - Atualizado em 11/11/2015 13h33

Dentista presa por tráfico de drogas diz estar pagando por escolha errada

Ela diz que errou ao decidir ficar com uma pessoa envolvida com o crime.
Declaração no momento da prisão repercutiu: 'agenda só ano que vem'.

Do G1 PR, com informações da RPC Curitiba

“Estou pagando pelo que eu escolhi de errado até hoje”. É com esta afirmação que a dentista Marina Stresser de Oliveira, de 27 anos, tenta resumir a vida dela após ter sido presa, em Curitiba, sob a suspeita de envolvimento tráfico de drogas.

A escolha que Marina de Oliveira se refere é o relacionamento com o ex-marido. O erro, segundo ela, foi ter permanecido ao lado da pessoa amada. “Foi amar uma pessoa envolvida com o crime. Foi escolher viver este amor”.

A dentista terminou o relacionamento após a prisão. Os advogados que representam o ex-marido preferiram não se manifestar.

O caso ganhou repercussão nacional, não apenas pela prisão de uma dentista suspeita de ter ligação com o crime, mas também pela declaração dada por Marina de Oliveira à época. “Agenda só no ano que vem”.

Marina de Oliveira ficou oito meses detidas em uma penitenciária e hoje responde em liberdade, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, pelos crimes de tráfico de drogas, posse de armas e associação para o tráfico.

De acordo com a Polícia Civil, o consultório da jovem era usado como ponto de distribuição de drogas e armas para traficantes. Foram apreendidos, no escritório e em outros dois endereços ligados a ela, 15,5 quilos de maconha, 1,3 quilo de crack, armamento pesado e munição.

Ela diz que sabia da existência das drogas, armas e munição, porém, nega que tenha comprado ou que iria vendê-las. A dentista não fala quem era o dono. Diz apenas que “não tem como entrar neste detalhe”.

“Eu não tinha opção de como me livrar disso. É uma situação que vice fica acuada porque tudo foi acontecendo pela minha escolha errada e ter envolvimento com uma pessoa deste meio”.

Agora, um ano após a prisão, a dentista já retomou o atendimento no consultório.

“Paguei caro, paguei com a minha liberdade. Eu não posso ter a liberdade de poder jantar fora, passear, estudar à noite. É uma marca. Com certeza, eu estou pagando pelo o que eu escolhi de errado até hoje”, disse.

Marina de Oliveira ficou presa por oito meses e já retomou os atendimentos (Foto: Reprodução/ RPC)Marina de Oliveira ficou presa por oito meses e já retomou os atendimentos (Foto: Reprodução/ RPC)