20/07/2016 14h00 - Atualizado em 20/07/2016 14h00

Pesquisadores mapeiam 180 subdivisões do cérebro humano

Número é duas vezes maior que o conhecido atualmente.
Cientistas desenvolveram programa para 'impressão digital' do cérebro.

Do G1, em São Paulo

Estudo identificou 97 novas áreas do córtex, além de confirmar 83 que já haviam sido detectadas (Foto: Matthew Glasser, Ph.D., and David Van Essen, Ph.D., Washington University)Estudo identificou 97 novas áreas do córtex, além de confirmar 83 que já haviam sido detectadas (Foto: Matthew Glasser, Ph.D., and David Van Essen, Ph.D., Washington University)

Cientistas do National Institute of Mental Health (NIH) mapearam 180 diferentes subdivisões do cérebro humano na região do córtex - camada mais externa do órgão dos vertebrados. Esse número é duas vezes maior que o confirmado atualmente.

Além disso, eles desenvolveram um programa para detectar a “impressão digital” de cada uma dessas áreas descobertas.

"Estes novos insights e ferramentas devem ajudar a explicar como nosso córtex evoluiu e o papel de suas áreas especializadas em saúde e doença, e poderia, finalmente, ser uma promessa para se ter precisão sem precedentes nas cirurgias do cérebro e trabalhos clínicos", disse Bruce Cuthbert, diretor interino do NIH, que co-financiou a pesquisa.

O novo estudo identificou 97 novas áreas do córtex, além de confirmar 83 que já haviam sido detectadas. David Van Esse e Matthew Glasser, da Universidade de Washington, junto com colegas de outros seis centros de investigação publicaram as descobertas na revista “Nature” desta quarta-feira (20).

As pesquisas anteriores que mostravam a organização do córtex utilizavam apenas uma base de medida, como examinar o tecido do cérebro após a morte com o microscópio. Esse tipo de análise gerou, algumas vezes, comparações instáveis da imagem do cérebro humano, de acordo com pesquisadores.

"A situação é análoga à astronomia, em que telescópios terrestres produziam imagens relativamente obscuras do céu antes do advento da ótica adaptativa e telescópios espaciais", disse Glasser, o principal autor do estudo.

A equipe dessa pesquisa usou técnicas mais precisas para entender as características da arquitetura cortical, atividades, conectividade e topografia de 210 indivíduos saudáveis. Mesmo que a minoria dos indivíduos tenha apresentado áreas atípicas na região analisada, o método foi capaz de fazer o mapeamento com sucesso.

De acordo com Essen, a nova ferramenta pode ajudar a descobrir outras subdivisões de distintas áreas do cérebro.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de