26/06/2016 09h00 - Atualizado em 27/06/2016 16h10

Vizinho diz que suspeita de matar filha grávida e esfaquear neto era 'tranquila'

Polícia investiga o que motivou crime em bairro nobre de Ribeirão Preto (SP).
Moradores relatam boa relação entre familiares; garoto permanece internado.

Do G1 Ribeirão e Franca

Investigadores recolheram materiais na casa da família em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)Investigadores recolheram materiais na casa da família em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)

Vizinhos da dona de casa suspeita de matar a filha grávida e esfaquear o neto de 4 anos em Ribeirão Preto (SP) dizem não entender o que motivou o crime, descrevendo a mulher como uma pessoa calma e que nunca demonstrou ter problemas familiares.

Na manhã de sábado (25), a dona de casa atingiu a filha, de 31 anos, e grávida de sete meses, com um golpe de faca no abdômen. Em seguida, feriu o neto no pescoço e tentou se matar da mesma forma, mas foi impedida por um vizinho, que também se feriu.

A gestante foi socorrida e submetida a uma cesárea, mas ela e o bebê não resistiram. O garoto passou por cirurgia e permanece internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE). A suposta agressora também está internada, mas não corre risco de morrer.

O caso foi registrado pela Polícia Civil, que ainda não esclareceu a motivação do crime. Peritos estiveram na casa da família e apreenderam a faca usada na ação, assim como outros objetos e pertences das vítimas.

Ademar Birches Lopes diz que vizinhos estão abalados com o crime (Foto: Reprodução/EPTV)Ademar Birches Lopes diz que vizinhos estão abalados com o crime (Foto: Reprodução/EPTV)

“Está todo mundo transtornado, porque a maioria mora no bairro há cerca de 30 anos, ou mais, e todo mundo é correto. Eu sempre a via na rua, é uma senhora tranquila, muito educada”, afirmou o delegado aposentado Ademar Birches Lopes, vizinho da família.

Segundo o aposentado, foi o irmão dele quem conseguiu impedir a dona de casa de se matar, após esfaquear a filha e o neto dentro da residência, no bairro Ribeirânia. O homem teve ferimentos leves nos braços e nas mãos, e passa bem.

“Ele está muito abalado, está transtornado com a cena que viu. Ele disse que encontrou o menino gritando com um pouco de sangue, uma moça caída no chão, e que ele ligou para a polícia e procurou socorrer. Tudo o que ele me falou foi isso”, disse.

A aposentada Maria Inês Quirino Machado, de 65 anos, mora em frente à casa da suposta agressora e também relatou uma boa convivência entre as famílias. Maria Inês acompanhou o garoto ferido até o hospital e disse que os vizinhos estão abalados.

“Ela é minha vizinha faz mais de 20 anos. Ela era tranquila, nunca demonstrou nada e nunca ouvi falarem nada sobre a família. Ela é dona de casa, mora com o marido e a filha. Não sabemos o que aconteceu”, afirmou.

 

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