Por G1


Digital influencer Kamylle Marinho morre após câncer — Foto: Reprodução/Instagram

A digital influencer Kamylle Marinho, de 16 anos, morreu após lutar durante três anos contra um tumor Sarcoma de Ewing. Maligno, este tipo de tumor afeta principalmente crianças, adolescentes e jovens adultos.

O tumor de Kamylle era extra-ósseo, ou seja, quando começa em partes moles em volta dos ossos. No caso dela, na região do retroperitôneo, área atrás da cavidade abdominal onde ficam localizados os rins, por exemplo.

As causas do Sarcoma de Ewing são desconhecidas e a ciência ainda não conseguiu estabelecer uma associação entre este tipo de câncer e o estilo de vida das pessoas.

Dentre os principais sintomas estão dores localizadas, que podem piorar durante a noite e se assemelham muitas vezes às chamadas "dores de crescimento" ou musculares. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), se dores do tipo durarem mais de um mês, é importante procurar um médico já que a detecção precoce deste tipo tumor permite uma maior chance de cura durante o tratamento.

"O Sarcoma de Ewing é considerado maligno por ter características na estrutura tumoral que promovem a multiplicação desenfreada das células, com potencial de metástase, por isso é um tumor maligno. Habitualmente os sintomas são dor, aumento de volume, perda de peso, fadiga", explica Dra. Andreia Melo – membro da diretoria da SBOC e oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Segundo ela, o fato de o tumor de Kamylle estar localizado no retroperitôneo não o faz mais ou menos perigoso.

"Tem muito mais a ver com a extensão da doença ao diagnóstico, a localização, a possibilidade de ter feito um tratamento cirúrgico com margens livres – esses fatores tem muito mais influência com a gravidade do tumor do que a localização retropenial em si. Muitas vezes, esses tumores retroperitoniais são de muito mais difícil diagnóstico, mais complicada a cirurgia com margens livres; e aí sim acaba tornando-se um prognóstico mais delicado", explica.

Tumor de Kamylle Marinho atingu retroperitônio — Foto: Betta Jaworski/G1

Diagnóstico

Para o diagnóstico deste tipo de tumor um exame físico é importante para que os órgãos e a região afetadas sejam palpados. Assim como exames laboratoriais, radiografia e biópsia.

Tratamento

Segundo o Inca, o tratamento pode incluir poliquimioterapia- quando vários remédios são usados.

"O tratamento é multidisciplinar, envolve quimioterapia (tratamento sistêmico); controle local da doença, seja por cirurgia ou radioterapia e pode variar conforme a extensão, localização e estadiamento da doença", diz Melo.

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