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Por Fred Sabino — Rio de Janeiro

Getty Images

Há 31 anos, no dia 15 de novembro de 1987, era disputado o último grande prêmio daquela temporada na Austrália. Já com o campeonato decidido em favor de Nelson Piquet, a corrida disputada sob um calor fortíssimo, próximo dos 40 graus, teve uma série de estreias, despedidas e curiosidades. Vamos relembrá-las?

Fim da linha na Williams

Nelson Piquet em sua última corrida pela Williams, em 1987 — Foto: Getty Images

Tricampeão por antecipação, Nelson Piquet correu pela última vez pela Williams. O brasileiro chegou a liderar após a largada, mas depois caiu de rendimento e abandonou após problemas nos freios. Piquet foi para a Lotus, onde viveria um calvário de duas temporadas. Falando em calvário que viria, era também o fim da parceria Williams-Honda, que vinha desde 1983.

Saideira amarga da Lotus

Senna foi ao pódio na despedida da Lotus, mas acabou desclassificado — Foto: Getty Images

Ayrton Senna fez sua última corrida pela Lotus. Na pista, o brasileiro conquistou um bom segundo lugar, o que o deixou empatado em pontos com Nigel Mansell, que não correu em Adelaide após se acidentar em Suzuka. Mas a vistoria técnica após a corrida encontrou irregularidades nos dutos de refrigeração dos freios. Não foi a maneira mais feliz de Senna deixar a Lotus antes de ir para McLaren.

Parceria de peso encerrada

McLaren-Porsche teve sua última corrida na Austrália, em 1987 — Foto: Getty Images

Depois de quatro temporadas e meia, chegou ao fim a parceria entre McLaren e Porsche, que rendeu três títulos de pilotos (um de Niki Lauda e dois de Alain Prost) e dois de construtores para a equipe inglesa. A partir de 1988, a McLaren teria uma fase ainda mais gloriosa com os motores Honda.

Pontinho comemorado

Roberto Moreno marcou primeiro ponto da carreira com AGS — Foto: Getty Images

Roberto Pupo Moreno não partia com grandes esperanças para a última corrida da temporada, com o modesto carro da AGS. Depois de pedir mudanças no carro para correr a partir do Japão, Moreno conseguiu dar ao time um padrão de desempenho minimamente aceitável. Resultado: numa prova com muitas quebras, Moreno foi o sétimo na pista e herdou o sexto lugar após a desclassificação de Senna. Uma façanha espetacular!

A última do Comendador

Berger acelera para a vitória em Adelaide: foi a última vitória da Ferrari com o Comendador vivo — Foto: Getty Images

O triunfo de Gerhard Berger em Adelaide foi o último da Ferrari com o Comendador Enzo Ferrari vivo. Em 1988, o carro era o segundo melhor do grid, mas a McLaren-Honda com Senna e Prost era praticamente imbatível. Na única vitória da Ferrari em 1988, em Monza, Enzo Ferrari já estava morto.

Despedida de Teo Fabi

Teo Fabi fez sua última corrida na Austrália, em 1987 — Foto: Getty Images

Com sua Benetton-Ford turbo, o piloto italiano largou em nono, mas teve uma prova cheia de problemas, com paradas nos boxes e luta inútil por posições até os freios falharem definitivamente na volta 46, quando Teo era um distante 14º colocado. Fabi jamais voltaria a disputar uma corrida de F1.

Ecclestone deixa Brabham

Stefano Modena pílota Brabham na Austrália: foi a última corrida da equipe sob o comando de Ecclestone — Foto: Getty Images

O GP da Austrália de 1987 foi o último da equipe Brabham sob o comando de Bernie Ecclestone. O estreante Stefano Modena abandonou depois de 31 voltas, enquanto Andrea de Cesaris era o nono colocado quando ficou sem gasolina a quatro voltas do fim. Após Bernie abrir mão da inscrição para 1988, a equipe foi vendida ao empresário Walter Brun, que recolocou a Brabham na pista no ano seguinte.

Patrese chega à Williams

Patrese estreou na Williams no GP da Austrália de 1987 — Foto: Reprodução

Já contratado para 1988, Riccardo Patrese estreou na Williams ainda em 1987 substituindo Nigel Mansell. Com o número 5 vermelho, Patrese foi o sétimo no grid e era o quarto quando rodou a apenas seis voltas da bandeirada quando um vazamento de óleo atingiu os pneus traseiros. Na Williams, Patrese viveria a melhor fase na carreira.

— Foto: Infoesporte

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