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Por Tossiro Neto — Brasília


Melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Palmeiras pela 6ª rodada do Brasileirão 2019

Melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Palmeiras pela 6ª rodada do Brasileirão 2019

O mesmo recurso que corretamente ajudou a expulsar Deyverson no primeiro jogo do Palmeiras com VAR, no ano passado, permitiu que o árbitro pudesse trocar um cartão amarelo (mostrado injustamente ao atacante) pelo pênalti que deu ao time a vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, no último sábado, em Brasília.

Deyverson tem, com razão, uma má fama de simular faltas, de rolar pelo gramado. Ainda exagera na encenação em algumas disputas, sim, mas tem melhorado também nesse quesito.

O árbitro de vídeo, para alguns palmeirenses, tem fama de ser utilizado injustamente contra o clube, o que não é exatamente uma verdade. Houve casos de demora ou interpretação polêmica, mas, assim como Deyverson tem aprendido a se conter, a arbitragem brasileira parece já lidar melhor com a nova tecnologia.

Nada como um VAR após o outro... Nada como um jogo após o outro para Deyverson e esse Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro. Líder que vem jogando bem, sobretudo quanto tem força máxima, como na goleada por 4 a 0 sobre o Santos.

Três meses atrás, o centroavante foi multado pela diretoria e irritou grande parte da torcida por recusar uma proposta da China – para onde, aliás, Ricardo Goulart não teve dúvida em voltar nesta semana.

Tecnicamente, Deyverson não é brilhante, mas tem sido importante — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Ao ficar, apesar de tecnicamente não ser brilhante, tornou-se titular intocável do técnico Luiz Felipe Scolari, que o elogiou publicamente ao final da partida contra o Botafogo.

– Como jogador, ele vem dando uma ajuda ao Palmeiras muito grande, muito boa, defensivamente e ofensivamente. Ele ajuda, ele complementa algumas situações que outros jogadores não têm aquela valentia – disse o treinador.

Elogios justos. A história da vitória em Brasília passa muito por Deyverson. Do apito inicial ao final, ele praticamente não parou de correr. Foi o primeiro homem da marcação que sufocou a saída de bola adversária. Dominado desde lá de trás, o time carioca não criou nenhuma grande chance para vazar o goleiro Weverton.

Das 18 finalizações do muito mais perigoso Palmeiras, não foi de Deyverson a maioria. Ele acertou uma bicicleta na trave (num lance de impedimento na primeira etapa) e outros dois chutes tortos no segundo tempo. Mas o atacante brigou pela bola o tempo todo na área, como na jogada que sofreu o pênalti (convertido por Gustavo Gómez).

Não se trata de um goleador, muito menos do atacante dos sonhos do torcedor. Mas, de fato, a exemplo do que disse Felipão, ele tem ajudado. Nada como um jogo após o outro.

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