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Por Felipe Schmidt — Rio de Janeiro


O Conselho Deliberativo do Vasco aceitou os esclarecimentos da diretoria sobre o empréstimo feito pelo empresário Carlos Leite ao clube. Em reunião nesta terça-feira, convocada por 60 conselheiros da oposição mediante previsão do estatuto, apenas três não concordaram com a operação: Eduardo Raia, Carlos Alberto Osório e Roberto Duque Estrada.

Alexandre Campello prestou esclarecimentos sobre contratos da Lasa e empréstimos com Carlos Leite — Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

No balanço do Vasco divulgado no último ano, Leite, que também é sócio do clube, apareceu como credor de R$ 20 milhões, emprestados ao clube.

No início de 2018, a diretoria de Alexandre Campello também recorreu a empréstimos com o empresário para pagar salários atrasados - na ordem de R$ 10 milhões, valor confirmado na reunião desta terça-feira.

Campello foi o responsável por explicar o contrato com Leite, que prevê juros a vencer em 2020. Além do valor, ele citou que há uma cláusula que estabelece que, em caso da venda de Paulinho, a dívida de R$ 10 milhões com o empresário será abatida.

Leite, inclusive, se manifestou há algumas semanas nas redes sociais sobre o assunto.

- Os empréstimos que fiz ao Vasco foram para pagamento de folhas salarias, de forma pública e notória, uma vez que o clube corria risco de perder jogadores em ações na Justiça. Em vez de deixar completar quatro meses e fazer como outros agentes, ingressando na Justiça para liberar os atletas que trabalham com a minha empresa, socorri mais uma vez o clube em um momento delicado. Poderia retirar o Paulinho do Vasco, mas renovei o seu contrato, aumentando a multa rescisória - escreveu o agente.

Outro assunto tratado na reunião foi o contrato de patrocínio com a Lasa, assinado no fim da gestão de Eurico Miranda. A empresa não cumpriu o combinado, e a gestão de Campello rescindiu o acordo - o clube cobra na Justiça multa pela quebra do vínculo.

Campello e Marco Antonio Monteiro, vice-presidente de marketing do Vasco na última gestão, explicaram detalhes do contrato aos conselheiros. Não houve maiores manifestações de desacordo.

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