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Por João Gabriel Rodrigues — Barueri, SP


O número a mais indica uma preocupação. Nesta quarta-feira, a seleção brasileira feminina de vôlei embarcou rumo ao Japão, onde vai buscar o inédito título mundial. Mas, diante de algumas dúvidas, José Roberto Guimarães preferiu levar 15 jogadoras, e não 14, número de inscritas para a competição. Assim como fizera nos Jogos de Londres, o técnico preferiu esperar até o limite por Natália.

A ponteira tem evoluído após um longo período parada por uma tendinite crônica no joelho direito. Nas últimas semanas, voltou a saltar, algo que não fazia há sete meses. Também tem mostrado bom rendimento nos passes e no fundo de quadra. Na última segunda-feira, segundo Zé Roberto, fez o seu melhor treino durante toda a preparação. Mas a própria Natália admite: ainda não está em seu auge.

Por isso, Zé Roberto preferiu esperar. Ao levar 15 jogadoras, empurra para a última hora o corte final. Em tese, caso Natália permaneça no grupo, Amanda ou Drussyla ficariam fora da lista final. A seleção estreia no Mundial no dia 29 de setembro, contra Porto Rico, em Hamamatsu. Antes, a equipe faz um período de adaptação em Sagamihara, cidade que será uma das sedes da delegação brasileira nos Jogos de Tóquio.

- É uma precaução. Mas estamos vendo como a Natália está respondendo aos treinamentos. Ela começou a saltar recentemente, nós estamos cuidando de toda a parte física dela, desse problema no joelho que ela teve. Ela tem respondido muito bem, mas estamos tendo muito cuidado com ela. Por isso, a precaução de estarmos levando 15 jogadoras. Infelizmente, temos que fazer isso. Como o Mundial é um campeonato longo, difícil, estressante, e que a gente precisa de elenco, grupo para dividir as tarefas, não podemos começar o Mundial com uma jogadora a menos.

Seleção faz seu último treino antes do embarque para o Mundial — Foto: João Gabriel Rodrigues

Natália, porém, está confiante. A evolução nas últimas semanas deu à ponteira a certeza de que poderá ajudar a equipe. Por isso, até relembra os Jogos de 2012, em Londres, quando passou por situação parecida. E com final feliz.

- Estou vivendo de novo essa situação, porque lá, eu estava em uma corrida contra o tempo. Hoje, estou mais tranquila, sei que estou evoluindo. Tem o lado bom porque ganhamos em Londres. É um bom sinal (risos), já parei para pensar nisso.

No Japão, o Brasil está no Grupo D da competição. Além de Porto Rico, adversário da estreia, a seleção enfrenta, na sequência, República Dominicana, Sérvia, Quênia e Cazaquistão.

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