Apesar de os principais políticos locais estarem apoiando o projeto, há resistência por parte da Associação de Moradores de Key Biscayne, ao sul da cidade. Os motivos são o impacto no trânsito que uma corrida de Fórmula 1 provocaria pela montagem e desmontagem do circuito e, claro, pelas próprias atividades de pista, além do incômodo pelo barulho dos carros no fim de semana da prova. Há o temor de uma enxurrada de ações judiciais contra a cidade.

Outra questão importante é financeira. O projeto prevê um pedido de ajuda governamental do estado da Flórida. Para isso, quatro dos cinco comissários de Miami precisarão votar a favor dos temos apresentados. Caso a autorização seja dada, o prefeito de Miami, Francis Suarez, poderá, enfim, sentar-se à mesa com o Liberty Media para assinar o contrato.

Um dos responsáveis pela candidatura de Miami a receber a F1 é o proprietário do time de futebol americano Miami Dolphins, Stephen Ross, e o objetivo é de que a cidade já esteja no calendário da próxima temporada. No entanto, Miami corre contra o tempo, pois o prazo inicial para a assinatura do contrato com a categoria, dia 1º de julho, passou sem que houvesse um acordo.

Os Estados Unidos têm atualmente uma corrida no calendário, no Circuito das Américas, em Austin, no estado do Texas. O contrato com a Fórmula 1 vai até 2021 e, com a intenção do Liberty Media de ampliar o calendário para até 23 corridas, é possível, portanto, que o país passe a receber duas etapas, o que não acontece desde 1984, quando Detroit e Dallas tiveram corridas.