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Por Fabio Murakawa, Valor — Brasília

O Palácio do Planalto prevê que o país possa entrar em abril ainda com uma média superior a 2 mil mortes diárias por conta do coronavírus, segundo apurou o Valor com fontes a par do tema. A estimativa no governo é que haverá "seis semanas turbulentas" com essas cifras elevadas, em meio ao colapso simultâneo dos sistemas de saúde em diversos Estados.

Em conversas com a equipe do Ministério da Saúde, a avaliação é que na maior parte dos dias a cifra deve oscilar entre 2.200 e 2.600 mortes. Porém, técnicos e parte da cúpula da pasta admitem a possibilidade de o pico chegar a 3 mil mortes diárias, segundo revelado pelo Valor.

A avaliação no Planalto é que o presidente Jair Bolsonaro voltou a "perder a narrativa" da pandemia. Inicialmente, havia conseguido colar nos governadores a pecha de haverem gerido mal os recursos federais enviados para o combate à pandemia.

Porém, apesar da insistência do presidente no assunto, a avaliação é que ele "perdeu a briga" sobre a eficiência do tratamento precoce, que não tem comprovação científica.

O único trunfo político que o presidente tem no momento, dizem as fontes, é a vacina. Porém, há enormes dificuldades em acelerar o processo de imunização da população por conta da baixa oferta mundial.

Auxiliares temem que o presidente carregue a culpa pela alta de mortes que está por vir. Avaliam que o sistema hospitalar do Brasil "sempre foi ruim e deficitário". E que seria difícil evitar o colapso em meio à pandemia.

O discurso ontem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou os temores no entorno de Bolsonaro quanto à sua responsabilização pela tragédia e acendeu alertas quanto à possibilidade de reeleição.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o recém-empossado secretário especial de Comunicação Social, almirante Flávio Rocha, trabalham para tentar melhorar a imagem do presidente. Foi deles a ideia de que Bolsonaro aparecesse de máscara ontem em uma solenidade no Planalto, horas após a fala de Lula.

Uma fonte militar afirma que Bolsonaro não tinha até ontem adversário, e passou a ter com a anulação das condenações contra o petista. A reeleição de Bolsonaro, que parecia assegurada pela falta de um rival à altura, pode estar ameaçada a depender das costuras feitas por Lula até a eleição, do andamento da pandemia, da retomada da economia.

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