Melhores momentos de Unión La Calera 0 x 0 Fluminense pela Copa Sul-Americana
O Fluminense ficou no 0 a 0 com o Unión La Calera, no Chile, e acabou eliminado precocemente da Sul-Americana, ainda na 1ª fase. O Tricolor havia empatado o jogo de ida em 1 a 1 no Maracanã, há duas semanas. Ao analisar a partida na coletiva pós-jogo, o técnico Odair Hellmann viu um Flu superior nos 180 minutos, mas que não foi capaz de botar a bola para dentro para alcançar a classificação:
- No confronto de 180 minutos, infelizmente não conseguimos a classificação. Mas acho que produzimos, tanto no Maracanã quanto aqui, um jogo melhor, mais situações de gol, mais chances criadas, mais posse de bola, mais número de passes… A situação do gol fora... Bola na rede que define. E não conseguimos fazer o gol fora de casa. Produzimos até para fazer. Tivemos poucas finalizações, é verdade - analisou Odair, para completar:
- No 2º tempo tivemos total domínio. Ficamos o tempo todo com a bola. Mas na última parte do campo precisamos evoluir, vamos evoluir, temos que evoluir, para criar um maior número de oportunidades de gol, principalmente quando você joga contra uma equipe com uma defesa muito fechada, muito forte, e que usa essa bola longa para escapar do contra-ataque, que dificulta. Nesse momento, desclassificados, é complicado falar, mas merecíamos situação melhor pelos dois confrontos que tivemos. Mas o futebol não tem essa situação de justiça. Tem que botar a bola para dentro.
Odair reconheceu que faltou contundência ao Fluminense para conseguir furar a defesa adversária do La Calera, que jogou retrancada, com três zagueiros, já que contava com o empate sem gols para se classificar. Para o treinador, não ter construído uma vantagem em casa pesou contra o Tricolor, pois deixou o time adversário confortável para jogar pelo empate.
- Precisamos melhorar ao enfrentarmos adversários que baixam a linha de marcação. Precisamos ter o domínio, ter a posse, mas precisamos ser mais contuntentes, mais definidores, incomodar mais o goleiro adversário. Criamos três ou quatro situações perigosas, de chance de gol. Mas com esse volume de passe e posse, precisamos criar mais, para incomodar mais. Porque, senão o time adversário vai se sentindo confortável dentro do confronto e foi o que aconteceu. Eles não produziram nada o tempo inteiro, só uma bola longa aos 40 do 2º tempo. No Maracanã faltou nos impor, para que pudéssemos trazer um placar de vantagem para trazer o jogo para o desconforto deles. Foi o que não aconteceu.
O treinador agora terá a missão de recompôr os ânimos da equipe para o próximo desafio, mais um confronto mata-mata, desta vez contra o Moto Club, na quarta-feira que vem, no Maranhão, pela estreia na Copa do Brasil. O confronto é em jogo único e o empate dá a vaga ao Fluminense.
- Não conseguimos dessa vez. Está todo mundo muito dolorido, chateado com a eliminação. Temos que retomar o mais rápido possível para as próximas competições. Semana que vem temos uma competição parecida, mata-mata. Essa eliminação tem que doer em todos nós. Estamos criando uma identidade de buscar as classificações, os objetivos. Não deu nessa, infelizmente. Temos que voltar a trabalhar, para que na próxima entrevista possamos estar em uma situação feliz.
Confira mais declarações de Odair Hellmann
La Calera surpreendeu ao jogar com três zagueiros?
Nós passamos isso para os jogadores. Já tínhamos visualizado a situação tática deles, independentemente do sistema que viessem.
Gramado sintético
Eles têm uma facilidade para jogar aqui, mais isso não é desculpa. O campo foi igual para os dois times lá no Maracanã, e igual para os dois times aqui.
Dificuldades
Claro que quem tem a situação que facilita quem tem esse campo. Ao conseguirem o resultado que conseguiram no Maracanã, proporciona muito mais facilidade para o jogo que eles têm em casa, um jogo de marcação muito forte, agressiva, de baixar as linhas de marcação, de dar a posse para o adversário, para sair no contra-ataque, sair muito rápido com toques de primeira quando recuperar a bola aproveitando o gramado ou alongando a bola nas costas da defesa. O empate no primeiro jogo proporcionou tudo isso. O 2º tempo foi claro. Nós, dentro do campo do La Calera, com todo domínio, mas para criar a situação final, que é o que te dá o gol, sempre tem um timing atrasado, a bola sempre sobe um pouquinho mais. Porque não temos esse timing. O resultado de lá ajudou ainda mais a proporcionar o jogo de hoje para eles. Foi isso que aconteceu. Aqui, para se criar, se o La Calera tivesse que buscar o resultado, o jogo seria totalmente diferente. Eles teriam que se abrir, dar espaço para nós e, com a qualidade que temos, iríamos criar mais oportunidades.
Ausência de Wellington Silva e Fernando Pacheco, não inscritos a tempo da 1ª fase
São jogadores do grupo, jogadores importantes. Sempre valorizo o grupo. Você não consegue fazer uma caminhada com dez, doze jogadores. Você precisa ter um grupo sólido, em condições. E nós temos. Eles não puderam estar aqui hoje, mas os que vieram e foram a campo deram seus máximos, tentaram de todas as formas produzir para que conseguíssemos a classificação. Claro que eu, como treinador, quero que todos estejam à disposição para que eu possa fazer o uso deles de acordo com as estratégias, de acordo com os adversários. Fico sempre muito triste quando o jogador não pode estar à disposição. Mas valorizando quem veio aqui, quem deu o máximo para tentar conseguir a classificação, a vitória, mas ela não veio.