RIO — Uma nova ferramenta de mapeamento que permite monitorar mudanças de uso do solo da Amazônia mostra que o bioma perdeu 29,5 milhões de hectares de floresta entre 2000 e 2017, o equivalente ao território do Equador. Nesse mesmo período, houve um acréscimo de 41% da área de agropecuária.
Os dados vieram da plataforma batizada de MapBiomas Amazônia , lançada nesta quinta-feira (21) em Lima, no Peru.
O mapeamento inédito incorpora toda a bacia e floresta amazônica com o objetivo de ampliar o conhecimento e propor análises. A plataforma trabalha em toda a área Pan-Amazônica, um território de mais de 7 milhões de quilômetros quadrados que abrange nove países.
Os resultados obtidos indicam que, apesar da perda, a Amazônia ainda conserva 85% de suas florestas.
Para o coordenador da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG), Beto Ricardo, o mapeamento é importante para construir uma visão integral da Amazônia, considerando aspectos políticos e socioambientais de uma região compartilhada entre tantos países.
A RAISG é um dos parceiros no lançamento da plataforma MapBiomas Amazônia, que também mapeia o processo de desmatamento, “uma das ameaças que pairam sobre a maior floresta tropical do planeta”, segundo Ricardo.