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Por Alexandre Lozetti — Porto, Portugal

Pedro Martins / MoWA Press

Gabriel Jesus começará no banco de reservas o amistoso contra o Panamá, neste sábado. No Manchester City, ele também tem visto o centroavante titular, Aguero, enfileirar gols na reta final da temporada. Parece pouca coisa para quem surgiu em velocidade absurda no futebol, mas o atacante de apenas 21 anos diz que essa "parada" na carreira é normal.

– Tenho conversado bastante com minha família e meus amigos. Tive um momento muito bom na carreira e na vida, surgi e alcancei coisas muito rápido, dei uma parada e acho que é normal. Tenho 21 anos, não tenho que apressar as coisas. Estou buscando a titularidade contra um cara que é o maior goleador do clube (Aguero). Fiquei 10 dias parado por uma lesão e nessa reta final quero ajudar minha equipe a ter conquistas – afirmou Jesus.

Questionado sobre o impacto de não ter feito gols na Copa do Mundo e, consequentemente, ter recebido muitas críticas, o atacante admitiu ter passado por um momento muito complicado logo depois do torneio, mas garantiu já ter superado.

– Hoje não pesa nada, mas foi muito difícil assimilar. Minha família e meus amigos ajudaram muito. Não vivo esse momento hoje por má fase minha, e sim pela grande fase do Aguero. Quando eu jogo ajudo o time. No pós-Copa eu ainda pensava muito, foi meu momento mais difícil como jogador. Mas superei, trabalhei, conquistei de novo meu espaço. Isso me abalou apenas no começo da temporada, faz tempo que não abala mais.

Gabriel Jesus e Felipe Anderson durante coletiva da Seleção — Foto: Alexandre Lozetti

Veja as outras respostas de Gabriel Jesus:

  • Conversas com Tite e Guardiola

Tudo se resolve e aprende conversando. Às vezes conversam comigo, é normal numa carreira curta de quatro anos. Você tem tudo, conquista e para. Eu venho crescendo muito como pessoa e profissional, isso é muito importante na minha idade. É momento de evoluir, sim. Tenho que buscar isso escutando os mais velhos, o Pep quando estou no City e o Tite quando venho para a Seleção.

  • Disputa com Firmino na Seleção

No jogo, quando não pegamos na bola, nos incomodamos e saímos da área. Somos parecidos em muita coisa. Sou muito fã do Firmino, ele tem jogado muito, ajudado muito seu clube e a Seleção, é um cara super do bem. Eu me dou muito bem com ele, só não torço quando ele joga contra o City (risos). Espero que ele faça uma bela história na Premier League, pelo Liverpool, e aqui na Seleção.

  • Ausência de Neymar

Todos nós sabemos que o Neymar faz falta em todos os lugares, no clube dele ou na Seleção. É o principal jogador brasileiro, um cara que espalha alegria por onde passa. Sou muito fã dele.

  • Bernardo Silva

É um gajo muito gente boa, brincamos bastante com ele. É um craque de bola, nos ajuda muito com e sem a bola. Tem uma incrível consistência, corre 15 quilômetros, e com a bola é um craque. Não é à toa que o Guardiola tem elogiado muito. A seleção portuguesa tem um talento incrível e uma grande pessoa.

  • Jogo contra o Panamá

Assisto a muitos jogos como profissional e torcedor, há anos, e hoje não tem mais essa. É difícil ver seleções ganhando de sete, oito. É claro que quero jogar todos os jogos, independentemente do adversário. Se pintar uns minutos, todo atacante quer ajudar, fazer gols, dar assistências. Não temos que escolher adversários. Temos que jogar quando somos convocados, escalados, contra qualquer um que vier.

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