Por G1


Manifestantes protestam contra morte de George Floyd em Minneapolis neste sábado (30) — Foto: John Minchillo/AP Photo

Após a divulgação de um vídeo que mostra um homem negro sendo imobilizado por um policial branco com os joelhos em seu pescoço, em Minneapolis, nos Estados Unidos, uma onda de protestos começou no país em 25 de maio.

O ex-segurança George Floyd, que tinha 40 anos, foi levado inconsciente por uma ambulância logo após a abordagem policial e foi declarado morto ao chegar no hospital, em 25 de maio.

No vídeo feito por uma testemunha, que mostra Floyd imobilizado, o policial aperta durante 8 minutos e 46 segundos o pescoço do homem, que diz mais de uma vez que não consegue respirar. Nos minutos finais, Floyd não se mexe mais. Segundo a policia local, ele foi detido por supostamente usar notas falsas em um mercado.

Um manifestante carrega uma bandeira dos EUA de cabeça para baixo ao lado de um prédio em chamas durante protesto contra a morte de George Floyd em Minneapolis, nos EUA, nesta quinta-feira (28) — Foto: Julio Cortez/AP

O policial Derek Chauvin, que estava com o joelho sobre o pescoço de Floyd, foi detido nesta sexta-feira (29) e responde por homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente).

Mulher segura um pedaço de papelão com as frases 'eu não consigo respirar', dita por George Floyd antes de morrer, e 'black lives matter' ('vidas negras importam', em português), durante protesto pela morte dele em Londres, no Reino Unido, neste domingo (31). — Foto: Matt Dunham/AP

O “eu não consigo respirar”, últimas palavras de Floyd, virou grito de guerra para os manifestantes, que se espalharam por várias cidades do Estados Unidos e do mundo. Revoltados com a morte, pela força policial, de mais um homem negro desarmado, incendiaram uma delegacia em Minneapolis.

29 de maio – Viatura policial em chamas após protesto em Atlanta pela morte de George Floyd, um homem algemado que morreu no Memorial Day sob a custódia da polícia de Minneapolis — Foto: Alyssa Pointer/Atlanta Journal-Constitution/AP

De acordo com a imprensa americana, até este domingo (31), quatro pessoas morreram e pelo menos 1.699 foram presas em violência ligada aos protestos.

Veja a cronologia do caso:

  • 25 de maio: George Floyd morreu após abordagem policial em Minneapolis.
  • 26 de maio: O vídeo da abordagem policial viralizou na internet e gerou uma onda de indignação; protestos começaram na cidade de forma pacífica.
  • 27 de maio: Mais cidades realizaram manifestações pela morte de Floyd. Entre elas, Memphis e Los Angeles.
  • 28 de maio: Manifestantes invadiram uma delegacia, incendiaram carros e imóveis e fizeram saques em Minneapolis. O governador, Tim Walz, pediu a intervenção da Guarda Nacional.
  • 29 de maio: O presidente americano, Donald Trump, diz que os protestos violentos desonram a memória de George Floyd. "Qualquer dificuldade e nós assumiremos o controle, mas, quando o saque começar, o tiroteio começará. Obrigado!", afirmou Trump no Twitter.
  • 30 de maio: Ao menos 30 cidades americanas registram protestos. Um jovem de 19 anos e um agente federal morreram e centenas de pessoas foram presas nos Estados Unidos.
  • Dia 31 de maio: 5ª noite de protestos nos EUA tem nova morte e desobediência a toque de recolher. Manifestantes em Toronto, Londres e Berlim também foram as ruas pela morte de George Floyd.

Manifestantes protestam contra morte de George Floyd pelo 5º dia seguido nos EUA

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