TIMES

Por GLOBOESPORTE.COM — Rio de Janeiro

Reprodução

Um dos maiores nomes da história do basquete americano, Maya Moore decidiu parar de jogar no passado para ajudar na defesa de Jonathan Irons, um homem negro condenado à prisão desde 1998 por um crime com falhas na investigação. E, nesta quarta-feira, depois de 22 anos na cadeia, Jonathan foi oficialmente libertado do Centro Correcional de Jefferson City, no Missouri (EUA), com a ajuda da estrela da WNBA.

Segundo o jornal "The New York Times", o juiz do Missouri Daniel Green rejeitou a condenação de Irons em março, citando problemas com a investigação e chamando-a de "muito fraca e circunstancial, na melhor das hipóteses".

Em julho de 1998, Jonathan Irons, então com 16 anos, foi condenado a 50 anos de prisão sob acusação de assalto com uso de arma de fogo que resultou em um ferido. Não houve morte no incidente. Ao longo de dois anos, Jonathan, então menor de idade, foi interrogado sem direito a advogado ou guardião legal, e condenado por um júri formado inteiramente por pessoas brancas. Após a condenação, várias apelações foram rejeitadas.

A Win With Justice, organização de ação social sem fins lucrativos capitaneada por Maya Moore, questionou a condenação com várias argumentações. Até que no ano passado, Maya, então com 30 anos, surpreendeu o mundo do basquete com a decisão de interromper a carreira para ajudar um homem que ela acreditava ter sido vítima de um sistema prisional racista no estado do Missouri, onde nasceu e foi criada.

Em suas redes sociais, Maya postou um vídeo do momento em que Jonathan foi solto e escreveu: "liberdade".

Mais do ge