Para conseguir o clique perfeito com a instalação dos anéis olímpicos, inaugurada na quinta-feira (21), na praia de Copacabana, é preciso ter paciência e muito bom humor. A obra de arte, feita de material reciclado, foi idealizada pela artista plástica Elisa Brasil e tem atraído muitos turistas.
Quem espera os 15 minutos na fila para posar com a escultura, de três metros de altura e mais de seis de comprimento, garante que vale a pena.
"Só não vale furar fila ou querer atrapalhar a foto do outro", dispara a bailarina Christina Zuim, que fez questão de colocar ordem na espera, quando a organização pareceu sair do controle.
Segundo agentes da Guarda Municipal que estavam no local, cerca de 60 pessoas por hora param para tirar fotos.
"Valeu a pena a espera. Gostei que fizeram uma fila e a maioria estava respeitando. O lugar ficou mais bonito, ruim só as pessoas que aparecem do outro lado, mas não tem jeito. A cidade está alegre, vimos muito policiamento. Dá até para andar com o celular na mão", diverte-se a auditora fiscal Patricia Siqueira, de Belo Horizonte.
O que não falta é criatividade para as poses: pernas para o alto, foto em dupla, com a família, com beijinho, de braços abertos. Mas mesmo diante de tanta diversão, há quem fique com os ânimos exaltados quando alguma pessoa ignora a fila ou se distrai e entra na foto alheia.
Bailarina Christina Zuim usou e abusou das poses(Foto: Patricia Teixeira/G1)
"Tem que respeitar. Brasileiro tem essa mania. Aí você fica na fila e vai um por trás e entra na sua imagem. Isso é falta de educação, de cultura", acrescenta Christina, uma das mais empolgadas ao posar nos arcos. "Fiz quatro poses. Bailarina tem dessas coisas."
A distração do profissional de finanças Paulo Palma, de Porto Alegre, quase lhe rendeu um aborrecimento. "Fui lá atrás olhar a cor dos arcos e o povo se estressou. Mas isso não existe, estamos numa praia, até trator passou ali. Não tem condições de cobrar isso".
Já a turista Celina Guedes, do Panamá, evitou o estresse e nem entrou na fila. Ela achou um jeito mais prático para fazer o clique: a famosa selfie. "Não costumo tirar foto no dia a dia, mas aqui tem todo um espírito olímpico. Tinham que colocar um banquinho na frente só para as selfies", sugere.
Com um pau de selfie na mão e um sorriso no rosto, o argentino Pablo Sasbon aproveitou para elogiar a cidade e também o jogador Neymar. "Estamos aqui na fila porque temos que ter essa foto. A Olimpíada é um acontecimento mundial e eu adoro esportes. Gosto muito do Neymar, que é parceiro do Messi", conta Pablo.
Fila de espera de 15 minutos na instalação (Foto: Patricia Teixeira/G1)
Turistas tiram selfie com obra de arte da Olimpíada (Foto: Patricia Teixeira/G1)
