Pedro Pablo Kuczynski, um economista experiente, descendente de imigrantes europeus, assumiu nesta quinta-feira (28) as rédeas do Peru com a promessa de acelerar a economia, combater a pobreza e converter o país em um lugar com igualdade de oportunidades.
Kuczynski, que aos 77 anos é o presidente eleito mais idoso da América, assumiu por cinco anos o comando do país vizinho, sucedendo Ollanta Humala.
Depois de saudar os presidentes de México, Argentina, Colômbia, Chile, Equador e Paraguai, o conservador Kuczynski cumpriu a cerimônia de posse no congresso e jurou pela pátria exercer o cargo com responsabilidade.
Em seu primeiro discurso como presidente, Kuczynski prometeu educação primária e secundária gratuitas, água potável para todos os peruanos, melhorias no sistema de saúde pública, formalizar os empregos para garantir proteção social e construir a infraestrutura necessária para o desenvolvimento.
Mas as mensagens mais enfáticas foram sua intenção de transformar o Peru em um país com igualdade de oportunidades, um compromisso que vem sendo adiado há décadas, e sua promessa de ser implacável no combate à corrupção que maculou a classe política e as instituições.
"Devemos dar um grande salto. Só com esse salto chegaremos à modernidade que o Peru deseja, um país justo para todos. Quero uma revolução social para meu país, desejo que em cinco anos o Peru seja um país mais justo, mais equitativo e mais solidário", disse o presidente.
Trajetória
Kuczynski nasceu em Lima em 1938, filho de pai alemão e mãe franco-suíça. Seu pai emigrou para o Peru durante o nazismo. PPK, como é conhecido, foi ministro de Minas e Energia no segundo governo de Fernando Belaúnde nos anos 1980 e depois da Economia e primeiro-ministro na gestão de Alejandro Toledo (2001-2006), período caracterizado por um avanço dos resultados econômicos peruanos.
Integrou as diretorias de várias empresas, razão pela qual seus opositores temem que possa defender interesses particulares. Ele é favorável ao livre mercado, planeja reduzir impostos para reativar uma economia exportadora tradicional e criar três milhões de empregos, com investimentos públicos e privados.
Precisou renunciar a sua nacionalidade americana em meio ao receio de seus compatriotas, que temem que isso possa servir para que ele fuja da Justiça, como fez o peruano-japonês Alberto Fujimori. Ele trabalhou duro para tentar superar a imagem de alguém afastado dos mais pobres.