Auditores fiscais da Receita Federal no Amazonas suspenderam a "operação padrão" realizada no estado em apoio à greve nacional deflagrada no dia 14 de julho. A mobilização afeta a liberação de produtos e insumos, principalmente, para as indústrias no estado.
Os fiscais iniciaram a operação - procedimento no qual há fiscalização mais criteriosa - para reivindicar reajuste salarial de 21%, fechado em acordo com o Governo Federal em março deste ano.
O presidente do Sindicato dos Funcionários Fiscais do Estado do Amazonas (Sindifisco), José Jefferson, informou que a suspensão do movimento ocorre até que ocorra uma assembleia nacional, prevista para esta semana. No encontro, devem ser definidos pontos da reivindicação da categoria. "Vamos dar um voto de confiança. Não estamos dando um ponto final, vai depender do acordo", disse.
Os impactos do movimento começaram a ser sentidos um dia após o início da mobilização. De 400 contêineres que deveriam ser liberados, apenas 14 foram despachados, segundo o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco. Atualmente, o número passa de mil.
O receio do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam) é que o atraso na liberação de cargas acarrete em uma possível paralisação total do Polo Industrial de Manaus, devido à falta de componentes e insumos da linha de produção.
De acordo com Périco, tanto a indústria como o comércio devem ser afetados com a demora no despacho de cargas. Ele disse que ainda não há um levantamento em valores dos prejuízos já causados pela retidão de carga.
As inspeções foram reduzidas ao período de um a dois dias por semana em procedimento denominado "Operação Padrão". Segundo Jefferson, a operação não se aplica a cargas perecíveis e essenciais, pois estas são liberadas normalmente.
