Edição do dia 29/07/2016

30/07/2016 00h33 - Atualizado em 30/07/2016 01h41

Contas públicas fecham 1º semestre com o pior resultado da história

Os números do primeiro semestre traduzem a dificuldade do
governo com a arrecadação em queda e os gastos em alta.

Carla Modena / Phelipe SianiSão Paulo, SP

As contas públicas fecharam o primeiro semestre com o pior resultado da história enquanto o mercado de trabalho continua piorando.

Os números do primeiro semestre traduzem a dificuldade do governo com a arrecadação em queda e os gastos em alta. O resultado das contas públicas em junho e também no semestre é o pior da série histórica do Banco Central que começou em 2001.

A diferença entre o que entrou no caixa federal e o que saiu deixou um rombo de R$ 10 bilhões em junho. No ano, a diferença entre arrcadação e gasto é um déficit primário de R$ 23,8 bilhões.

Com o rombo das contas públicas, a dívida bruta do setor do setor público continua em alta acelerada e chegou a 68,5% do PIB. Isso tem impacto direto na confiança dos empresários, que pisaram no freio. Não estão investindo. E a falta de investimento afeta especialmento o mercado de trabalho.

O negócio está feio para o trabalhador. A taxa de desemprego medida pela Pnad contínua do IBGE está mostrando pra gente que no segundo trimestre deste ano, o desemprego chegou a 11,3% da população economicamente ativa. Esse índice é o mais alto desde que a pesquisa começou a ser feita em 2012. Isso dá um total de 11,6 milhões de pessoas sem trabalho, é mais que uma São Paulo de gente desempregada.

No mesmo período do ano passado, o índice não tava maravilhoso, mas era mais baixo, 8,3% e quanto mais desempregado menor é o poder de barganha do funcionário que está trabalhando. O resultado disso é a queda da renda de quem está com emprego, que hoje está ganhando na média 4,2% menos que no mesmo período do ano passado.

 

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