28/07/2016 18h38 - Atualizado em 28/07/2016 18h38

Corpo de policial civil morto em SP apresentava múltiplos ferimentos

Outros quatro corpos foram encontrados no mesmo local.
Delegado diz que região funciona como cemitério clandestino.

Do G1 Santos

Corpos foram encontrados em uma área de mangue, na altura da região conhecida como Ilha Bela, em Cubatão (Foto: Luiz Linna/G1)Corpos foram encontrados em uma área de mangue, em Cubatão (Foto: Luiz Linna/G1)

O corpo do policial civil sequestrado em Cubatão (SP) e outros quatro corpos foram encontrados em uma área de mangue, na altura da região conhecida como Ilha Bela. De acordo com informações obtidas pelo G1, não é possível afirmar como a vítima foi assassinada, mas foram encontradas marcas de disparos de arma de fogo em sua carteira e múltiplos ferimentos em seu corpo.

O policial civil, Anderson Diogo Rodrigues, de 43 anos, estava desaparecido desde o dia 25 de junho deste ano, quando a vítima estava com sua namorada em uma pizzaria e ambos foram sequestrados. Na última terça-feira (26), dois homens suspeitos de participar do sequestro e morte do policial foram presos pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Já o corpo do policial foi encontrado em um cemitério clandestino na cidade de Cubatão, na Baixada Santista, nesta quarta-feira (27).

Delegado Leonardo Amorim Nunes Rivau atualizou as informações sobre o caso durante entrevista coletiva (Foto: Luna Oliva/G1)Delegado Leonardo Amorim Nunes Rivau
atualizou as informações sobre o caso
durante entrevista coletiva (Foto: Luna Oliva/G1)

Durante entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (28), o Delegado Leonardo Amorim Nunes Rivau disse que não é possível afirmar que no local funciona uma espécie de 'tribunal do crime'. “A região é de difícil locomoção, apenas podemos afirmar que o local é de desova de corpos de alguns crimes praticados naquela região”, afirma.

De acordo com informações obtidas durante a entrevista coletiva, o corpo da vítima foi reconhecido por seu irmão no Instituto Médico Legal (IML). Os suspeitos de participar do sequestro e da morte do policial são Isaque Percincula Andrade da Rocha, de 29 anos, e Marcos Matos de Souza, de 34. Ambos foram presos e negam o crime, apenas admitem que estavam na pizzaria no momento que o policial foi rendido. Isaque Percincula já tinha passagens pela polícia e um mandado de prisão pelo inquérito da morte do policial.

O delegado afirmou também que a namorada do policial morto estava muito abalada durante seu depoimento e não se lembrava de muita coisa ‘porque foi agredida na cabeça e perdeu os sentidos’.

Ainda de acordo com informações do delegado, não é possível saber o número total de pessoas envolvidas com o crime e por isso as investigações continuam. “O que sabemos até agora é que ele foi morto pelo fato de ser policial”, afirma.

Polícia Civil estava desaperecido desde o dia 25 de junho (Foto: G1)Polícia Civil estava desaperecido desde o dia 25 de junho (Foto: G1)
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