Agencia EFE

28/07/2016 20h29 - Atualizado em 28/07/2016 20h29

Opositor cubano é hospitalizado após uma semana em greve de fome

Guillermo Fariñas completou uma semana em greve de fome.
Ele protesta contra maus tratos que diz ter recebido de agentes policiais.

Da EFE

Opositor Guillermo Fariñas, em foto de 2010. (Foto: Adalberto Roque/AFP)Opositor Guillermo Fariñas, em foto de 2010 (Foto: Adalberto Roque/AFP)

O dissidente cubano Guillermo Fariñas foi internado nesta quinta-feira (28) em um centro de tratamento intensivo do hospital da cidade de Santa Clara, no centro da ilha, após completar uma semana em greve de fome, informou sua esposa à Agência Efe.

Fariñas, vencedor do prêmio Sakharov 2010 do Parlamento Europeu pela defesa dos direitos humanos, perdeu a consciência nesta quinta e se encontra internado no hospital provincial Arnaldo Milián Castro porque "está muito desidratado", disse à Efe sua esposa, Wendy Castillo.

"O médico diz que ele precisa de terapia intensiva", acrescentou Wendy, lembrando que o organismo de Fariñas acumula a deterioração de outros protestos similares que realizou em ocasiões anteriores com diversas reivindicações.

Nesta quarta, em conversa por telefone com a Efe de sua casa em Santa Clara, Fariñas explicou que era seu sétimo dia em jejum total e disse sentir "cansaço, inércia e dor nas costas".

Guillermo Fariñas, que atualmente coordena a ilegal Frente Antitotalitária Unida (Fantu), se declarou em greve de fome no último dia 19 de julho em protesto pelos maus tratos que, segundo garantiu, recebeu de agentes policiais quando foi se informar da situação de outro opositor detido.

Diálogo
O protesto de Fariñas procura, além disso, que o governo da ilha dialogue com a dissidência.

Esta medida também se vincula à greve de fome que realiza um grupo de dissidentes liderados pelo coordenador juvenil da União Patriótica de Cuba (Unpacu) na província de Santiago de Cuba, Carlos Amel Oliva, há 16 dias.

Guillermo Fariñas, de 54 anos, acumula desde 1995 um histórico de mais de 20 greves de fome.

As mais recentes até agora datavam de 2010, quando manteve 100 dias de jejum, a maior parte deles hospitalizado, para pedir ao governo a libertação de opositores presos doentes.

Por sua parte, o governo de Cuba considera os dissidentes "contrarrevolucionários" e "mercenários".

 

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