Rio

Polícia Civil apura envolvimento de delegado federal na morte de um homem no Maracanã

Segundo a polícia, a vítima estaria praticando roubo no entorno do estádio durante evento de abertura da Olimpíada
As vias bloqueadas no entorno do Maracanã Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
As vias bloqueadas no entorno do Maracanã Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

RIO - O Ministério da Justiça negou na tarde deste sábado que tenha partido de um policial militar da Força Nacional o tiro que matou, na noite de sexta-feira, durante a cerimônia de abertura, um homem na Rua São Francisco Xavier, no Maracanã. Segundo a Justiça, a ocorrência envolveu o delegado federal Felipe Seixas, diretor de Projetos da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sesge), um agente federal e um policial Militar de Santa Catarina cedido à Sesge, cujos nomes não foram revelados. Os três teriam sofrido uma suposta tentativa de assalto.

A participação do delegado federal está sendo investigada pelos policiais civis da Delegacia de Homicídios (DH) da Barra da Tijuca.

A informação de que o tiro partiu de um policial da Força Nacional foi dada ao GLOBO pela Polícia Civil. Segundo a DH, Ronaldo Fagner Marques de Souza, de 22 anos, foi morto antes do término da festa. O delegado federal Felipe Seixas, coordenava no Maracanã a operação de segurança que protegia autoridades e chefes de estados que foram à festa de abertura dos Jogos.

De acordo com as investigações, Ronaldo de Souza praticava assaltos na região quando foi baleado. Ele supostamente teria abordado o delegado federal e os outros dois policiais. A Polícia Civil e nem o Ministério da Justiça informaram que de fato atirou. Ronaldo tinha sete passagens pela polícia: três por tráfico de drogas e quatro por roubo.

Ronaldo estava preso, mas foi solto para responder em liberdade. Em um dos casos de roubo, havia um mandado de prisão contra ele.

A polícia afirmou ainda que o corpo foi achado na Rua São Francisco Xavier, não muito longe dos portões da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Policiais foram acionados e isolaram a área do crime até a chegada de equipes da DH. Agentes da especializada, onde o caso foi registrado, fizeram pericia no local, antes da remoção do corpo.