O convidado principal não veio. Por isso, talvez, em uma
noite de chuva no Rio de Janeiro, alguns lugares no Maracanãzinho ficaram
vazios para o jogo da noite. Se a expectativa era ver o Brasil em quadra, a
torcida assistiu a um duelo duro entre China e Holanda pelas semifinais dos
Jogos do Rio. A protagonista, porém, foi a mesma de dois dias atrás. Em mais uma partida fora de série, Ting Zhu fez estragos, marcou 33 pontos e guiou seu time à vitória contra as holandesas por 3 sets a 1, com parciais 27/25, 23/25, 29/27 e 25/23.
Na final, a China vai encarar a surpreendente Sérvia no próximo sábado, às 22h15. Na
outra chave, as europeias bateram as favoritas dos Estados Unidos e garantiram
a passagem para a primeira final do país no vôlei. A Holanda vai buscar o bronze contra as americanas no mesmo dia, às 13h.
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A China, atual vice-campeã mundial, tenta voltar ao topo do
pódio olímpico. A seleção da técnica Lang Ping não vence a competição desde os
Jogos de Atenas, em 2004. Antes, também foi campeã em Los Angeles 1984.
Assim como havia feito contra o Brasil, Ting Zhu foi decisiva. Com uma precisão impressionante, marcou 33 pontos e guiou seu time à final. Do outro lado, Lonneke Sloetjes, com 17, foi o principal destaque.
Após a partida, Lang Ping, técnica chinesa, festejou a vaga na final e elogiou a postura de sua equipe diante da Holanda.
- Nós nos preparamos muito. Hoje, foi um jogo muito duro para os dois times. Cometemos alguns erros. Também tivemos alguma sorte. Foi uma grande performance das duas equipes, inclusive da Holanda. Acredito que esse time tem muito potencial.
Do outro lado, o técnico Giovanni Guidetti lembrou que a Holanda teve uma evolução muito rápida nos últimos anos. O treinador acredita que faltou experiência à equipe em jogos deste nível.
- Precisamos lembrar que, há dois anos, estávamos disputando a série B do Grand Prix. E que, também há dois anos, a China foi prata no Mundial. Acho que faltou um pouco de experiência ao time em partidas deste nível. Mas a equipe está de parabéns.
O jogo
A Holanda começou como um rolo compressor. Diante de uma
China apática, a equipe europeia abriu 12/5 com muita tranquilidade. Mas as
asiáticas eram perigosas. Lideradas por Ting Zhu, chegaram ao empate em 13/13.
O jogo, então, ficou equilibrado. Após dois erros seguidos das holandesas, as
chinesas abriram 19/17. A China voltou a abrir e teve quatro set points, mas as
rivais buscaram mais uma vez. Depois de um fim espetacular, as asiáticas,
porém, conseguiram confirmar a vitória em 27/25.
A China ganhou confiança para o segundo set. Melhor em
quadra, as asiáticas não demoraram a abrir vantagem no placar. A Holanda foi
buscar e até chegou ao empate, mas as chinesas voltaram à frente logo depois.
As europeias, porém, tinham quase toda a arquibancada a seu favor. Tomaram a
liderança no fim e tiveram três chances de acabar com a parcial. Desperdiçaram
as duas primeiras, mas conseguiram dar fim ao set em 25/23.
A vitória na parcial anterior animou as holandesas.
Lideradas por Sloetjes e Djikema, abriram 6/0 com muita facilidade. Mas as idas
e vindas eram a tônica do jogo. A China, claro, foi buscar e deixou tudo
equilibrado. Ting Zhu, uma vez mais, liderava a reação chinesa. As equipes foram
ao limite em busca da vitória. Um erro de recepção da Holanda, porém, fez com
que Ting Zhu fechasse a conta: 29/27.
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A China se animou. Logo de cara, abriu 4/0 no quarto set. A
Holanda reagiu e chegou ao empate, mas as chinesas voltaram a disparar. Mas nada parecia muito fácil. As duas seleções fizeram um jogo duro até o fim. As chinesas, porém, souberam aproveitar melhor suas chances e fecharam a partida em. A vaga na final estava garantida.