• Redação Marie Claire
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Mulheres na Antártida: projeto quer divulgar informações sobre cientistas da região (Foto: Getty Images)

Mulheres na Antártida: projeto quer divulgar informações sobre cientistas da região (Foto: Getty Images)

Existe um número considerável de mulheres cientistas que fizeram história na Antártida, mas poucas são reconhecidas por isso. Cansada da falta de informação e de prestígio em relação a elas, uma bióloga australiana criou um projeto para aumentar o conhecimento sobre pesquisadoras notáveis.

O objetivo da iniciativa de Jan Strugnell, bióloga marinha da La Trobe University, é produzir artigos sobre essas mulheres, publicá-los no Wikipedia e fazer com que pessoas de todo o mundo leiam suas histórias inspiradoras e conheçam suas contribuições para os estudos na Antártida.

A representatividade de homens e mulheres é extremamente desequilibrada no Wikipedia. Segundo dados da própria plataforma, apenas 15,5% das biografias publicadas no site são de mulheres. Além disso, somente entre 8 e 16% das pessoas que produzem conteúdo em inglês para a ferramenta são do sexo feminino.

Por décadas, mulheres foram proibidas de ir à Antártida. A primeira a pisar na região foi a norueguesa Ingrid Christensen na década de 1930, mas foi apenas no fim dos anos 1950 que uma mulher, a soviética Maria Klenova, participou de um projeto científico no local. Em 1969, a americana Lois Jones liderou a primeira equipe formada apenas por mulheres para o continente. E são perfis de mulheres como essas que Jan vem produzindo.

"Uma grande parte dos novos cientistas é do sexo feminio, e sinto que é muito importante para o futuro da Antártida que essas cientistas tenham modelos a seguir", disse Jan ao site Mashable Australia, em reportagem publicada nesta quinta-feira.

Para desenvolver seu projeto, a bióloga pediu que a comunidade científica da Antártida nomeasse mulheres relevantes para os estudos na região. Até agora, ao lado de uma equipe de 30 pessoas, Jan já divulgou o perfil de 100 mulheres de 30 países diferentes.

"Proporcionar a igualdade de gênero da maneira que está ao nosso alcance é uma boa forma de tentar destruir aquele preconcento subsconciente que todos temos", disse a bióloga.