06/09/2016 12h30 - Atualizado em 06/09/2016 12h55

Funcionários da Saúde do AP fazem ato após suspensão de alimentação

Superlotação do hospital e problemas trabalhistas também motivaram ato.
Paralisação acontece somente nesta terça-feira (6), garante SindSaúde.

Fabiana FigueiredoDo G1 AP

Trabalhadores, HE, saúde, ato, Macapá, Amapá, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Trabalhadores fizeram ato em frente ao HE nesta terça-feira (6) (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Técnicos de enfermagem e outros trabalhadores da saúde que atuam no Hospital de Emergências de Macapá realizaram um ato na manhã desta terça-feira (6), em frente ao prédio da unidade de saúde. Suspensão do fornecimento de alimentação, além de falta de material para atendimentos e problemas trabalhistas estão entre os motivos para a paralisação.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou, em nota, que "aguarda aporte financeiro para efetuar o pagamento, considerando a redução de R$ 2 milhões no repasse do Sistema Único de Saúde (SUS)". O dinheiro deve ser repassado ainda nesta terça-feira, segundo a Sesa.

As demais reivindicações fazem parte da mesa de negociação do SUS e da agenda do servidor, onde serão discutidas e resolvidas, garantiu a Sesa.

Erikelton Gonçalves, Trabalhadores, HE, saúde, ato, Macapá, Amapá, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Para o técnico em enfermagem Erikelton Gonçalves,
atendimentos seriam melhores com boa estrutura
(Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

De acordo com o Sindicato de Enfermeiros e Trabalhadores em Saúde do Estado do Amapá (SindSaúde), os atendimentos no HE não estão suspensos e os profissionais estão se revezando para participar do ato.

“É um ato de advertência porque não há condições de se manter no trabalho. Eles estão em revezamento para fazer esse manifesto. Eles não pararam o exercício profissional. O Hospital de Emergências está com uma sobrecarga muito grande e está sendo difícil administrar isso para o trabalhador”, disse Iêda Mendes, vice-presidente do SindSaúde.

O técnico em enfermagem Erikelton Gonçalves atua há quase 3 anos no HE de Macapá. Para ele, os atendimentos do hospital seriam melhores se houvesse uma boa estrutura.

“Acredito que um profissional recebendo seu salário e direitos de forma digna, trabalha melhor, mais feliz. Não que a gente atenda grosseiramente. A gente faz o que pode. Às vezes, paciente não tem um leito, a gente vai atrás de um papelão. Não é que a gente queira que ele fique no chão, mas é o que temos, o que a estrutura oferece”, lamentou Gonçalves.

Os trabalhadores pedem a regularização do fornecimento de alimento e mais qualidade à comida, fornecimento de materiais de trabalho, segurança, adicional noturno, vale transporte, e parcelamento dos salários. Também pedem o pagamento de uma parcela do 13º salário, três progressões sem incorporação e plantão hospitalar de julho, que não teria sido pago.

Participaram da manifestação técnicos de enfermagem, enfermeiros, assistente social, técnicos em laboratório e radiologia. O ato deve acontecer somente nesta terça-feira, conforme o sindicato.

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