29/08/2016 09h05 - Atualizado em 29/08/2016 09h50

Dilma chega ao Senado para sessão do impeachment

Presidente afastada chegou pouco depois das 9h.
Na entrada do Congresso, militantes prestaram apoio a Dilma.

Fernanda Calgaro, Gustavo Garcia, Laís Lis e Filipe MatosoDo G1, em Brasília

A presidente afastada Dilma Rousseff chegou pouco depois de 9h desta segunda-feira (29) ao Senado para falar em defesa de seu mandato no julgamento final do impeachment.

Dilma ingressou pela chapelaria do Congresso Nacional, entrada pela qual os parlamentares desembarcam e embarcam nos carros. Dezenas de simpatizantes aguardavam a presidente afastada do lado de dentro do prédio e gritaram palavras de ordem, como: "Dilma, guerreira da pátria brasileira".

Também chegaram ao Congresso convidados da presidente afastada que assistirão ao depoimento dela. Entre eles, estava o cantor e compositor Chico Buarque. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou logo depois.

Chico Buarque chega ao Senado para acompanhar fala de Dilma (Foto: Reprodução/GloboNews)Chico Buarque chega ao Senado para acompanhar fala de Dilma (Foto: Reprodução/GloboNews)

 

A sessão desta segunda, aberta à 9h38, faz parte da fase final do processo, na qual a presidente poderá usar a palavra por 30 minutos – período que poderá ser prorrogado – e, em seguida, responder a perguntas dos senadores, da acusação e da defesa.

Até a última atualização desta reportagem, 46 estavam inscritos para fazer perguntas, pelo tempo de 5 minutos cada. Dilma terá o tempo que for necessário para responder as questões.

A decisão final, pela condenação ou absolvição da petista, deve ocorrer entre terça e quarta-feira (31), após debate entre acusação e defesa e novas manifestações do senadores. São necessários 54 votos entre os 81 senadores para o afastamento definitivo da petista.

 

Afastada do mandato há 110 dias, Dilma passou o último fim de semana no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, preparando o discurso que irá ler aos senadores nesta segunda.

Senadores aliados dela defenderam um tom “duro” e “firme”, enfatizando que não cometeu crime de responsabilidade e, portanto, não deve sofrer o impeachment.

Na sexta-feira passada (26), Lula esteve em Brasília e, segundo relatos de assessores e senadores petistas, se reuniu com Dilma no Alvorada.

Na semana passada, entre quinta (25) e sábado (27), os senadores ouviram as testemunhas de defesa e de acusação no processo. Ao longo de três dias, os parlamentares fizeram inúmeros questionamentos aos depoentes, colheram informações e pediram esclarecimentos.

Na sessão desta segunda, a cada quatro horas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comanda o julgamento, poderá interromper a sessão para intervalos de cerca de 30 minutos, conforme roteiro estabelecido com os senadores.

Nos intervalos, Dilma poderá se dirigir para a sala de audiências da presidência do Senado, anexo ao gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). No local, a presidente afastada poderá estar acompanhada de quem desejar com lanches e refeições.

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