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Beer Rio+3

Cidade das Artes receberá festival de cervejas do Estado do Rio em dezembro

Cidade das Artes receberá pela primeira vez um festival de cerveja

O calendário de eventos de cerveja não para de crescer no Rio. De 1º a 4 de dezembro [ATUALIZAÇÃO: segundo os organizadores, o evento foi adiado para 2017], a Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, receberá o Beer Rio+3, que se propõe a ser o maior festival de cervejas produzidas no Estado do Rio. A expectativa é de que mais de 80 cervejarias fluminenses estejam presentes no evento, que terá circulação de até seis mil pessoas em cada um dos quatro dias. Ainda sem valores definidos, os ingressos custarão até R$ 30 no primeiro lote de vendas, com descontos para quem comprar entradas para os quatro dias.

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- Nosso objetivo é mostrar como é a cerveja feita hoje no Estado do Rio. É muito difícil para um carioca ou um turista conhecer as cervejarias. Em Belo Horizonte, em 30 quilômetros é possível percorrer oito cervejarias, essa não é nossa realidade - explica o sommelier e produtor Gustavo Renha, que faz curadoria do evento junto com Ana Cláudia Pampillón. - As pessoas vão ficar surpresas com tanta coisa boa que é feita em nosso estado.

O cenário das cervejarias fluminenses está em plena expansão, com o surgimento de fábricas espalhadas por quase todas as regiões, com concentração mais intensa nos municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Itatiaia. Multiplicam-se também as cervejarias ciganas, marcas que utilizam plantas de produção de terceiros - muitas vezes fora do estado - para fazerem suas cervejas em escala comercial. Enquanto algumas dessas marcas começam a ganhar projeção regional e até nacional, outras ainda são quase restritas aos municípios em que estão.

- Quem não é do Rio, mas é ligado em redes sociais, conhece algumas marcas cariocas, como a 2cabeças, Three Monkeys e 3cariocas. Mas quantos conhecem a Buda Beer, que é um brewpub de Petrópolis que vive lotado e faz uma Tripel tradicional, que é muito bem executada? Quantos já beberam tirado do barril um chope da Buzzi, de Santa Maria Madalena? - questiona Renha.

Na semana passada, em entrevista ao SAIDEIRA, Bernardo Couto, da cervejaria 2cabeças, disse ver pouca ousadia no cenário do Rio. Renha vê perfis distintos no mercado flumimense.

- Na cidade do Rio, você vê cervejarias como a Hocus Pocus, muito ligada ao mercado americano, fazendo hoje o que ainda é tendência por lá. No interior, as cervejarias são quase sempre mais voltado para os estilos clássicos, mas não é só isso. Em Itaperuna, a Besten tem uma Helles com adição de uva, que é completamente diferente dos padrões brasileiros e tem uma aceitação enorme. Em Campos, onde a Trópica está com fábrica, a Arequipa, uma Session IPA, é vendida em vários bares da cidade - diz Renha.

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