RIO - Sem recursos suficientes para disputar sozinha áreas para exploração de petróleo nas próximas licitações, a Petrobras decidiu unir forças e se juntar com a norueguesa Statoil com o objetivo, entre outros, de disputar os próximos leilões de áreas do pré-sal previstos para o próximo ano.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, que está na Noruega, assinou nesta terça-feira com a Statoil um memorando de entendimento no qual as duas petroleiras se comprometem a avaliar oportunidades de parcerias. Em julho, a Petrobras vendeu para a norueguesa sua participação de 66% no campo de Carcará , no pré-sal na Bacia de Santos.
O acordo anunciado nesta terça-feira pelas duas petroleiras mostra que elas virão com todo apetite no leilão das quatro áreas contíguas aos campos em área unitizadas do pré-sal que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) prevê realizar em meados do próximo ano. A unitização é feita quando as reservas de petróleo ultrapassam o campo concedido. Nesse caso, a ANP pretende ofertar em leilão áreas contíguas a quatro campos já concedidos.
Dos quatro campos, Carcará teve sua participação da Petrobras adquirida pela Statoil. E, certamente, a área contígua a Carcará que for a leilão será de interesse das duas petroleiras. A Petrobras tem ainda com participação em outros dois, Sapinhoá e Tartaruga Verde, ambos no pré-sal na Bacia de Santos. O quarto campo é Gato do Mato, operado pela Shell na Bacia de Campos.
Em nota, a Petrobras informou que as duas companhias vão trabalhar juntas para “avançar em propostas para participação conjunta em futuras licitações na área de exploração”.
Segundo a estatal, o acordo dará continuidade à parceria que as duas petroleiras têm no Brasil e no exterior, além de conseguir maior valor com o uso de novas tecnologias de “aumento de recuperação de petróleo e da simplificação de atividades operacionais”.
Atualmente, a Petrobras e a Statoil estão consorciadas em 13 blocos, em fase exploração ou de produção, sendo 10 no Brasil e três no exterior.
A Petrobras informou ainda que que as duas companhias, que têm uma posição relevante na produção atual e futura de gás no Brasil, e por isso pretendem fazer um amplo diagnóstico do mercado de gás no país.
“O objetivo será otimizar o aproveitamento do gás, incluindo infraestrutura e sua monetização, podendo ainda considerar investimentos conjuntos em projetos de escoamento e processamento, inclusive com a atração de novos parceiros”, comunicou a empresa.