26/08/2016 18h19 - Atualizado em 21/10/2016 12h55

Com história e tecnologia, Gramado abre Museu do Festival de Cinema

Espaço de 584 metros quadrados fica anexo ao Palácio dos Festivais.
Museu abriga histórico do evento, que chega à sua 44ª edição em 2016.

Rafaella FragaDo G1 RS, em Gramado

Tecnológico, mas com um acervo de mais de quatro décadas, museu é projeto inédito e único ligado a um Festival de Cinema no país. (Foto: Edison Vara/Pressphoto )Museu do Festival de Cinema é único ligado a Festival de Cinema no país (Foto: Edison Vara/Pressphoto)

Gramado é, acima de tudo, uma cidade turística. Principal destino de visitantes do restante do Brasil, o município da Serra gaúcha tem agora um novo atrativo. O Museu do Festival de Cinema foi inaugurado na tarde desta sexta-feira (26), mesmo dia em que começa a 44ª edição do evento.

O empreendimento está localizado anexo ao Palácio dos Festivais, ao lado da Igreja São Pedro. Tecnológico, mas com um acervo de mais de quatro décadas, o espaço é um projeto inédito e único museu ligado a um Festival de Cinema no país.

A área de 584 metros quadrados abriga um material exclusivo sobre a história do evento e também sobre o cinema brasileiro. Gramado orgulha-se de ter um Festival de Cinema que ocorre há 44 anos de forma ininterrupta.

A área de 584 metros quadrados abriga um material exclusivo sobre a história do evento e do cinema brasileiro.  (Foto: Edison Vara/Pressphoto)Museu abriga material sobre história do evento e do
cinema brasileiro (Foto: Edison Vara/Pressphoto)

Para chegar até o local, sobe-se uma escadaria, coberta por um tapete vermelho. Nas paredes estão fixados cartazes que formam uma linha do tempo sobre o Festival de Gramado, cuja primeira edição ocorreu em janeiro de 1973, em pleno verão. Só depois de anos o festival passou para o segundo semestre do ano, no inverno.

O acervo é fruto de uma pesquisa que durou quatro meses. Arquivos pessoais e históricos foram resgatados e hoje compõem o material do museu.

“A gente fez toda uma triagem do acervo que encontramos. Passaram por nós em torno de 10 mil documentos contando a história do festival, que resgatamos em diversos lugares. Materiais privados, pessoais, das pessoas que organizaram o festival em anos anteriores. E nós conseguimos muito conteúdo, cartazes de todas as edições, a ficha técnica de todos os filmes”, lista ao G1 a museológa Daniela Schmitt, que também é a curadora do espaço.

No local também estão espalhados totens eletrônicos com ferramentas de pesquisa e games, como jogo da memória e um quiz sobre o festival. Nem tudo, porém, está pronto. Ainda há equipamentos para serem ligados e a intenção de construir estátuas de cera de artistas representativos como Maitê Proença, Zezé Motta e Lima Duarte, que já estão em fase de confecção para serem apresentados no início do ano que vem.

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Empreendimento tem capacidade para recepcionar 2,8 mil pessoas (Foto: Edison Vara/Pressphoto)Empreendimento tem capacidade para recepcionar
2,8 mil pessoas (Foto: Edison Vara/Pressphoto)

“A ideia é estar adaptando sempre esse espaço. Nós abrimos com uma primeira roupagem, mas com intuito de estar sempre trazendo novidades e atrativos, para que saia do estereótipo de que museu é lugar de coisa velha”, acrescenta a curadora.

O museu tem capacidade para recepcionar 2,8 mil pessoas. O ingresso custa R$ 20 de segunda a sexta e R$ 30 aos sábados, domingos e feriados, mas gramadenses não pagam. O funcionamento será das 11h às 21h, mas durante o festival fecha às 18h30, devido às sessões e atividades do cinema. Outras informações podem ser encontradas no site oficial.

Na saída, há ainda uma cafeteria e uma loja de souvernis, em um espaço envidraçado que mostra uma vista panorâmica para o centro da cidade e a Rua Coberta.

 

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