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Grêmio desfaz departamento de futebol e deve ter Romildo no vestiário

Alberto Guerra e Alexandre Rolim deixam o clube, enquanto Antônio Dutra passará a atuar apenas como vice-presidente eleito; executivo Júnior Chávare permanece

Por Porto Alegre

Alberto Guerra Antônio Dutra Jr Romildo Bolzan Alexandre Rolim Grêmio (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)Diretoria com Guerra, Rolim e Dutra foi dissolvida
(Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

Após mais uma derrota, para a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, o presidente do Grêmio Romildo Bolzan Júnior anunciou mais uma troca no departamento de futebol em 2016. Os 3 a 0 para a Macaca selaram a saída do técnico Roger Machado do comando, confirmada após o jogo, e também o desligamento do vice de futebol Alberto Guerra, dos diretores de futebol Alexandre Rolim e Antônio Dutra Júnior. Já o executivo Júnior Chávare permanece até o final do ano. A tendência é que o mandatário acumule o cargo como vice de futebol até dezembro. 

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A decisão foi tomada no vestiário, mas melhor analisada na chegada da delegação ao hotel em Campinas. O presidente ouviu seus pares de direção. Guerra e Rolim decidiram sair com Roger, também em caráter irrevogável, como o comandante. Antônio Dutra Júnior estava já estava afastado do departamento de futebol, por rusgas e críticas vazadas justamente à dupla, conforme informou o GloboEsporte.com. Romildo acumularia a função pelos próximos três meses.

No cargo de executivo, Chávare permanecera como acordado com o presidente até o final do ano. Ele assumiu o cargo em maio, após a queda de Rui Costa, antigo diretor, com a eliminação na Libertadores. Na ocasião, o então vice de futebol Cesar Pacheco saiu para a entrada de Guerra e do novo organograma. Romildo pediu a permanência do dirigente. Ao final do ano, a sequência será novamente avaliada. 

A crise política gremista espirrou no vestiário. Dutra Jr. faz parte do Conselho de Administração e era nome de confiança do mandatário gremista no vestiário. Após a goleada por 4 a 0 sofrida para o Coritiba, na semana passada, enviou mensagens em um grupo com correligionários criticando a postura de Guerra, que voltaria para Porto Alegre antes da delegação. A reunião na última sexta-feira também serviu para tentar diminuir o problema interno. 

Até obteve sucesso, mas as mensagens vieram à tona e complicaram a situação. As críticas também têm cunho político, já que Dutra Jr. afirma que Guerra é de um movimento político diferente dos integrantes da situação. Dutra é da chapa Juntos Somos Grêmio, e Guerra, conselheiro licenciado, faz parte do grupo Grêmio Forte e Campeão, mas nega que tenha atuação política. 

É a segunda vez que o Grêmio tem uma mudança profunda no departamento de futebol. A primeira ocorreu no início de maio. Logo após a eliminação da Libertadores, com o 3 a 0 para o Rosario Central, dia 5 de maio, o diretor executivo Rui Costa foi sacado do cargo. O vice de futebol Cesar Pacheco também saiu na ocasião. Foi quando Romildo criou o departamento com quatro dirigentes: Guerra, Rolim e Dutra como políticos e Chávare com profissional. E que se resume, a partir desta quinta, ao presidente e ao executivo. 

Para o confronto contra o Fluminense, domingo, na Arena, quem comandará o time será o auxiliar James Freitas. Há esperança, no entanto, de que o novo treinador já tenha sido anunciado até lá. 

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