25/09/2016 10h25 - Atualizado em 25/09/2016 10h30

Família de brasileiros mortos na Espanha pede doações em dinheiro

Doações devem ser feitas por meio de site na internet.
Segundo um dos parentes, translado de um corpo custa em média R$ 22 mil.

Do G1 PB

Família de paraibanos mortos na Espanha tentam custear o translado por meio de financiamento coletivo (Foto: Reprodução)Família de paraibanos mortos na Espanha tentam custear o translado por meio de financiamento coletivo (Foto: Reprodução)

Os parentes da família de brasileiros que foi esquartejada na Espanha estão pedindo doações em dinheiro para custearem o translado dos quatro corpos e os trinta dias que vão precisar passar na Espanha. Eles estão recebendo as contribuições por meio de uma campanha em um site de financiamento coletivo, onde contam a situação da família. Segundo Walfran, irmão de Marcos Nogueira, uma das vítimas, o translado de apenas um corpo custa em média R$ 22 mil. “Que as pessoas possam nos ajudar com R$ 1 ou R$ 2. Se a gente conseguir cem mil pessoas doando um real, conseguiremos juntar R$ 100 mil e trazer nossa família de volta”, disse.

Até este domingo (25), de acordo com Walfran, a família ainda não havia recebido nenhuma sinalização de apoio do Itamaraty, Governo do Estado, prefeitura de João Pessoa e consulado brasileiro em Madri, para os custos da viagem e translado dos quatro corpos, a não ser as duas passagens de ida e volta já garantidas. Walfran ainda explicou que já garantiu duas diárias em um hotel de Madri, com o apoio financeiro de algumas pessoas da família.

As investigações seguem em sigilo na Espanha e a família, por enquanto, ainda acompanha de longe com as mínimas informações. Por conta disso, os parentes ainda não sabem com certeza quanto custa o translado de um corpo. Walfran explicou que um amigo que já presenciou situação semelhante informou o valor aproximado do translado. “Como as investigações seguem em sigilo, de longe não há muito o que possamos elucidar”, disse.

Segundo Walfran, as famílias de Marcos Nogueira e Janaína Santos Américo - mortos junto aos filhos de 1 e 4 anos - não têm condições de arcar com os custos sozinhas. "A gente precisa muito que o Itamaraty faça a sua parte. Senão, os corpos vão ficar na Europa", diz Walfran Campos, irmão de Marcos.

Questionado sobre a falta de apoio, o Itamaraty disse apenas que não está autorizado a divulgar informações sobre o caso, em cumprimento à determinação das autoridades locais de que as investigações tramitem em sigilo. “O Ministério acompanha o caso, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Madri, e mantém contato com as autoridades locais e com familiares dos brasileiros”, disse, em nota.

Os corpos do casal e das duas crianças, de 1 e 4 anos, foram encontrados esquartejados no domingo (18), na casa onde eles moravam, em Pioz, a cerca de 60 km de Madri. Os investigadores calculam que os corpos se encontravam na casa há cerca de um mês.

Ainda segundo Walfran, as famílias conseguiram apoio para a compra das passagens aéreas dos parentes que vão à Espanha acompanhar o caso de perto. O Governo do Estado pagou as passagens de Walfran e o Consulado da Espanha em Salvador bancou os bilhetes aéreos do irmão gêmeo de Janaína, George Américo, e do primo dela, Pedro Rafael.

Marcos Nogueira, Janaína Américo e os dois filhos do casal foram encontrados mortos na Espanha (Foto: Reprodução/Facebook/Janaina Diniz Diniz)Marcos Nogueira, Janaína Américo e os dois filhos do casal foram encontrados mortos na Espanha (Foto: Reprodução/Facebook/Janaina Diniz Diniz)

 

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