18/11/2015 19h36 - Atualizado em 18/11/2015 19h36

Defensoria quer propor ação para garantir reassentamento em Mariana

Ação Civil Pública também pedirá indenização por danos morais.
Segundo prefeitura, mais de 900 estão desabrigados ou desalojados.

Do G1 MG

7/11 - Distrito de Paracatu foi tomado por lama. Marca em Igreja mostra que ela quase foi totalmente coberta (Foto: Raquel Freitas/G1) Distrito de Paracatu foi tomado por lama. Marca em Igreja mostra que ela quase foi totalmente encoberta (Foto: Raquel Freitas/G1)
 

A Defensoria Pública de Minas Gerais informou, nesta quarta-feira (18), que vai propor uma Ação Civil Pública para garantir o reassentamento das famílias afetadas pelo rompimento da barragem da Samarco, cujos donos são a Vale e a BHP, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o defensor Ailton Magalhães, outro objetivo da ação é cobrar o pagamento de indenização por danos morais aos moradores.

No último dia 5, a barragem de Germano se rompeu, afetando a barragem de Santarém e causando o derramamento de um mar de lama. Até o momento, sete mortes foram confirmadas, quatro corpos esperam identificação e 12 pessoas estão desaparecidas. Segundo a prefeitura de Mariana, foram contabilizados 556 desabrigados e 388 desalojados.

O defensor Vladmir Rodrigues defende o reassentamento das famílias, alegando que, mais que vizinhos, os moradores das comunidades atingidas têm fortes laços socioafetivos. Por isso, segundo ele, é preciso garantir que Bento Rodrigues e Paracatu sejam reconstruídos, preservando as características originais de cada local.

No domingo (15), a comissão eleita pela população de Bento Rodrigues afirmou que o desejo é que o subdistrito seja reerguido em outro local. Já a comissão de moradores de Paracatu ainda vai definir como será a reconstrução.

Segundo Magalhães, os defensores ainda fazem estudos para elaboração da ação coletiva e não há uma previsão de quando o documento será encaminhado à Justiça. O defensor também disse que a Ação Civil Pública não definirá o valor da indenização, que varia de acordo com cada caso.

Como a comarca de Marina não conta com Defensoria Pública, profissionais do núcleo de direitos humanos, sediado em Belo Horizonte, estão na cidade histórica. De acordo com Magalhães, a equipe de defensores já percorreu a maioria dos hotéis onde estão os moradores desabrigados.

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