Hoje é
dia do idoso e por isso um bom momento para refletirmos a relação de pessoas
nessa faixa etária com o esporte. Acreditar que idoso só combina com hidroginástica
e uma caminhada em volta do quarteirão é uma ideia ultrapassada e que subestima
a capacidade do corpo humano.
Idosos que praticam exercícios físicos
diários podem viver por mais tempo
A
corrida de rua, por exemplo, é um esporte com a faixa etária média elevada.
Essa prática esportiva prolonga a expectativa de vida e é benéfica para os
idosos, dentro dos limites físicos de cada um. O fato de a corrida ser um
esporte de impacto pode trazer mais benefícios do que prejuízos, pois sabe-se
que estimular o corpo com impacto ajuda na manutenção da densidade óssea, que
tende a diminuir com o avanço da idade.
Além
dos ossos, o passar dos anos também tem influência nos músculos, que perdem
massa e força. Por isso, um treino de força periódico, como a musculação, o
pilates ou o treinamento funcional, ajuda a manter o corpo forte, mais
resistente e saudável.
5+: exercícios indicados para os idosos
Tivemos
a oportunidade de ver nas Paralimpíadas um exemplo de que a idade por si só não
é um fator limitante ao esporte. O nadador espanhol Sebastián “Chano” Rodríguez
ganhou medalhas aos 56 anos de idade, competindo com atletas muito mais jovens.
Ele ainda não entra na faixa etária considerada idosa, mas imagine se ele
tivesse em algum momento se considerado “velho demais” para competir. Teríamos
perdido a oportunidade de assistir a um nadador de alto rendimento inspirador.
Idosos corredores "rejuvenescem" energia e têm melhor coordenação
A
frase “esporte é saúde” se mostra verdadeira em qualquer idade. Ser idoso não
obriga ao sedentarismo, pelo contrário. O incentivo à atividade física, dentro
dos limites do corpo, deve sempre ser feito. E se o limite permitir correr,
levantar peso e ganhar medalhas, não há motivos para limitá-lo.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
RAQUEL CASTANHARO
Fisioterapeuta formada e mestra em biomecânica da corrida na USP. Realizou pesquisa em biomecânica da coluna na Universidade de Waterloo, Canadá. Trabalha com fisioterapia e avaliação biomecânica em São Paulo e Jundiaí. www.raquelcastanharo.com.br