Não é só na tabela de classificação que Santos e São Paulo vivem situações opostas no Campeonato Brasileiro. Muito do momento vivido por cada time pode ser explicado pelo rendimento de seus ataques. Enquanto o Peixe, que é forte candidato a uma vaga na Libertadores de 2017, já marcou 47 gols e é o segundo melhor setor ofensivo da competição, o Tricolor, que luta para se afastar da zona de rebaixamento, é o terceiro pior ataque do torneio, com apenas 28 gols.
Também é possível comparar o momento vivido pelos principais atacantes das duas equipes. Enquanto Ricardo Oliveira segue sendo decisivo para a equipe de Baixada Santista, com seis gols no Brasileirão, Andres Chavez enfrenta um jejum no time da capital, mesmo com cinco gols na competição. O camisa 9 tricolor não balança as redes adversárias há seis partidas mas, mesmo assim, segue prestigiado pelo técnico Ricardo Gomes.
O último gol do argentino foi marcado no dia 11 de setembro, na vitória de 3 a 1 sobre o Figueirense, no Morumbi.
Contratado no meio do ano para substituir Calleri, que deixou o São Paulo após a disputa da Taça Libertadores da América, Chavez começou sua jornada a todo vapor, marcando seis gols em nove partidas. Só que depois a fonte secou e o atacante acumulou atuações ruins. Em algumas partidas, como contra o Flamengo, no Morumbi, ele teve a chance de garantir a vitória, mas falhou na hora da conclusão.
A má fase incomoda tanto que, na última segunda-feira, Chavez fez um trabalho à parte de finalizações no CT da Barra Funda. Foram pelo menos 35 chutes a gol e o aproveitamento deixou a desejar. Ele deixou claro que está sendo atrapalhado pelo nervosismo.
– Quando a gente não faz gol, fica muito nervoso. Espero voltar a vencer para que tudo possa mudar. Clássico sempre repercute um pouco mais e dá um pouco mais de força para sair dessa situação. Estamos muito abaixo do Santos e, para equilibrar, será preciso repetir o que fizemos contra o Flamengo, quando a equipe demonstrou que pode estar à altura de qualquer time por aqui – afirmou o Chavez.
Já Ricardo Oliveira segue sendo protagonista no Santos, mesmo não conseguindo manter o mesmo ritmo da última temporada. Em 2016, o centroavante não é o artilheiro do Peixe, mas marcou 17 vezes em 29 partidas, ou seja, precisa de menos de dois jogos para balançar as redes ao menos uma vez.
A importância do santista, porém, não se restringe apenas aos minutos dentro de campo. O camisa 9 é um dos líderes do elenco comandado pelo técnico Dorival Júnior e costuma dar conselhos aos mais novos, além de mostrá-los, chegando mais cedo aos treinamentos, por exemplo, que é preciso ter comprometimento.
Ricardo Oliveira sofreu lesões musculares na atual temporada. Justamente por isso, não conseguiu manter o mesmo ritmo de 2015, quando marcou 37 gols. Quando está em campo, porém, o centroavante costuma dar trabalho para a defesa adversária.
Confira as informações sobre o clássico:
Data e horário: quarta-feira, às 21h (de Brasília)
Local: estádio do Pacaembu, em São Paulo
SÃO PAULO
Escalação provável: Denis; Buffarini, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Wesley, Kelvin e Carlinhos (Cueva); Chavez
Desfalques: Gilberto, Lyanco, Breno, Ytalo e Lucas Fernandes (machucados)
Pendurados: Buffarini, Chavez, Carlinhos, Hudson, Michel Bastos, Kelvin, Lugano, Lyanco e Maicon
SANTOS
Escalação provável: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Renato e Lucas Lima; Jean Mota, Copete e Ricardo Oliveira
Desfalques: Gustavo Henrique e Vitor Bueno
Arbitragem: Anderson Daronco (RS), auxiliado por Rafael da Silva Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Júnior (RS)
Transmissão: Premiére, com narração de Odinei Ribeiro e comentários de Wagner Vilaron
Tempo Real: GloboEsporte.com, a partir das 20h