Alô, "Caixa Econômica"! O Botafogo obteve nesta terça-feira a última certidão que faltava para poder assinar definitivamente o patrocínio com o banco até o fim de 2017. A pendência final foi a certidão negativa de débitos trabalhistas (CNDT), emitida após o clube equacionar todas as dívidas da esfera trabalhista. Na semana passada, o departamento jurídico já havia conseguido a certidão municipal, depois de quitar seus débitos com a Prefeitura do Rio de Janeiro. Com os documentos em mãos, o Alvinegro, que estreou o uniforme com a marca da estatal na vitória sobre o Corinthians no sábado, na Arena, já pode começar a receber pelo patrocínio master e vai embolsar aproximadamente R$ 1 milhão
nesse ano e outros R$ 12 milhões no ano que vem.
Além de Domingos Fleury, vice-presidente jurídico do Botafogo, trabalharam na causa os advogados Wagner Silva Barroso de Oliveira e Carolina Loureiro, do escritório Barroso de Oliveira e Ferraz dos Passos. E as boas notícias não param por aí. No acordo com o município, a Prefeitura do Rio de Janeiro reconheceu a cobrança indevida do IPTU da sede de General Severiano. Por lei, complexos esportivos não precisam pagar o tributo. No total, foi possível obter um proveito econômico de aproximadamente R$ 10 milhões.
O Botafogo tentava uma parceria da Caixa desde o início do ano. A estatal anunciou em janeiro um montante de R$ 83 milhões em patrocínios para a temporada e fechou as portas para clubes que não estavam em sua relação. Mas em General Severiano nunca viram o cenário como desistência, e Carlos Eduardo Pereira manteve diálogos constantes com o banco. O espaço de maior valor da camisa alvinegra está vago desde abril de 2015, quando a "Viton 44" saiu. A ascensão do time no returno do Campeonato Brasileiro é visto como primordial para aumentar a exposição do clube na mídia e atrair os investidores.