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Medina é vice-campeão na França e encosta em John John Florence

Surpreendente Keanu Asing destrona líderes do ranking em Hossegor
Gabriel Medina ficou com o vice-campeonato em Hossegor Foto: Divulgação/WSL
Gabriel Medina ficou com o vice-campeonato em Hossegor Foto: Divulgação/WSL

Gabriel Medina vai para a etapa de Portugal do Mundial de surfe encostado no líder do ranking, o havaiano John John Florence. Nesta quarta-feira, o paulista de Maresias chegou na final da etapa de Hossegor, na França, mas acabou derrotado pelo surpreendente havaiano Keanu Asing por 13,94 a 7,00.

Como John John Florence caiu nas semifinais, a diferença de Medina para o havaino diminuiu de 4.200 pontos para 2.700 pontos. Ou seja, Medina descontou 1.500 pontos nesta etapa. Se tivesse sido campeão, a diferença cairia para 700 pontos.

John John lidera o mundial de surfe com 48.150 pontos. Medina vem em segundo com 45.450 pontos. O australiano Matt Wilkinson é o terceiro colocado com 38.250 e ainda tem chances matemáticas de ser campeão. Contudo, a tendência é que o havaiano e o brasileiro passem a ser os protagonistas da disputa do título mundial. Com a vitória em Hossegor, Asing subiu 12 posições no ranking e agora é o 21º com 18.750 pontos.

Restam apenas duas etapas para o fim do Mundial de surfe deste ano. A próxima será em Peniche, em Portugal, entre os dias 18 e 29 de outubro. Na sequência, entre 8 e 20 de dezembro, haverá a tradicional etapa na praia de Pipeline, no Havaí. A tendência é que Medina e John John disputem o título até as ondas do Havaí. Cada etapa dá ao campeão 10 mil pontos.

Asing acabou sendo a grande surpresa de Hossegor. Na semifinal, o surfista de 23 anos derrotou John John Florence num duelo de havaianos somando duas notas acima de 8 que o fizeram terminar a bateria com 16,94, contra 16,07 de John John.

Disputando a sua primeira decisão da carreira, Asing enfrentaria Medina, que havia derrotado o americano Kolohe Andino por 17,83 a 15,03 na semifinal. O brasileiro buscava o tricampeonato em Hossegor, mas o dia era de Asing.

O havaiano dominou a disputa do início ao fim pegando ondas melhores e tirando notas mais altas do que o brasileiro. Na reta final da bateria, Medina precisava de um 9 para virar a disputa, mas a três minutos do fim, o paulista cometeu uma interferência e acabou punido pela arbitragem. No surfe, uma interferência acontece quando um surfista ameaça entrar numa onda cuja prioridade é do rival. A prioridade é a preferência na escolha das ondas que se alterna entre os competidores durante uma bateria.

Ao fim da bateria, Medina ergueu o braço de Asing, reconhecendo a sua superioridade na disputa. O havaiano foi campeão derrotando no mesmo dia líder e vice-líder do ranking.

CAMPEÃ MUNDIAL DEFINIDA

Mais cedo, o circuito feminino definiu a campeão mundial deste ano. Antes mesmo da etapa derradeira, no Havaí, a australiana Tyler Wright, de 22 anos, garantiu o título ao derrotar a havaiana Tatiana Weston Webb na semifinal e ver a número 2 do mundo, a americana Courtney Conlogue, perder para a havaiana Carissa Moore.

Na final, Carissa levou a melhor sobre Tyler e levou o título da etapa ao vencer por 16,83 a 9,83. Na decisão, Tyler usou uma lycra com o nome do seu irmão, Owen Wright, que se recupera de uma lesão sofrida em Pipeline, no ano passado.

SEMIFINAIS:

Keanu Asing (HAV) 16,94 x 16,07 John John Florence (HAV)

Gabriel Medina (BRA) 17.83 x 15.03 Kolohe Andino (EUA)

FINAL:

Keanu Asing (HAV) 13,94 x 7,00 Gabriel Medina (BRA)