28/12/2015 14h13 - Atualizado em 28/12/2015 14h30

Mariana tenta atrair turistas depois do desastre causado por rompimento

Distritos foram afetados pelo 'mar de lama' causado por barragem.
A cidade histórica é famosa por seus casarões, igrejas e pela música.

do g1 MG com informações do Jornal Hoje

A lama que devastou o distrito de Bento Rodrigues e atingiu vários outros, na Região Central de Minas Gerais, não chegou a Mariana, cidade vizinha. Porém, o turismo na primeira capital do estado sofreu prejuízos.

A Barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro. Ela pertence à mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.

 

A cidade do século XXVII, considerada um "monumento nacional", batalha agora pra trazer os turistas de volta. Ela reúne histórias do ciclo do ouro, da mineração e de religiosidade.

As igrejas são as grandes atrações da cidade. No centro histórico, duas delas chamam a atenção, a de Nossa Senhora do Carmo e a de São Francisco de Assis. 

Logo em frente, a Câmara Municipal ocupa o espaço da antiga Casa de Câmara e cadeia, onde funcionavam três cárceres. O pelourinho também fica no centro, antigo local de castigos dos negros escravos.

A música também é um convite pra visitar Mariana. Na Catedral da Sé, fundada em 1703, há um órgão construído na primeira década do século XXVIII, em Hamburgo, na Alemanha. Ele é um dos exemplares mais bem conservados do mundo e o único localizado fora da Europa.

Ação
A Samarco informou nesta segunda-feira (28) que já foi notificada da decisão judicial a qual a mineradora deveráfazer um depósito no valor de R$ 2 bilhões em 30 dias, para serem usados na execução do plano de recuperação integral dos danos ambientais e sociais. Se descuprir a ordem, a empresa terá de pagar multa de R$ 1,5 milhão por dia de atraso.
Para todas as outras decisões, a multa em caso de descumprimento é de R$150 mil por dia, por medida.

Rompimento
O rompimento da Barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetou Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo.

No desastre ambiental, 17 pessoas morreram. Continuam desaparecidos Ailton Martins dos Santos, de 55 anos, que trabalhava como motorista da Integral Engenharia, empresa que presta serviço à Samarco, e Edmirson José Pessoa, de 48 anos, único funcionário da Samarco entre as vítimas da tragédia.

 

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