Uma comissão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitou nesta terça-feira (29) a mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a BHP Billinton, em Mariana, na Região Central do estado.
Os deputados avaliam as causas do rompimento da barragem de Fundão, no mês passado, e discutem os reflexos da tragédia. Eles chegaram à empresa no começo da tarde.
“A nossa intenção é fazer uma vistoria tanto nas obras de contenção das barragens que não se romperam, porque ainda há risco de rompimento e nós precisamos saber como é que está o andamento das obras”, disse o deputado Rogério Correia (PT).
A comissão e um técnico da Polícia Civil visitaram o complexo de Germano. O grupo acompanhou o andamento das obras no dique Selinha. Equipes dos bombeiros identificaram uma rachadura no local, depois do rompimento de Fundão.
A comissão também quer saber se ainda há vazamento de rejeitos das barragens. “A lama continua vazando. Isso nós temos absoluta certeza”, afirmou.
A Samarco informou que está realizando as obras pra conter riscos e afirmou que elas estão dentro do prazo. A Samarco nega que haja vazamento. Diz que, em função das chuvas neste período, há movimentação de resíduos sólidos.
A mineradora afirmou ainda que as barragens de Germano e de Santarém estão estáveis e são monitoradas 24 horas por dia.
No último dia 18, a Justiça Federal estabeleceu um prazo de dez dias para que a empresa comprove que realmente não há vazamento, sob pena de multa diária de R$ 1,5 milhão. O prazo começa a valer assim que a mineradora for notificada, o que ainda não aconteceu.
A imprensa não foi autorizada a acompanhar a visita.