Está em gestação na Procuradoria-Geral da República uma espécie de oficialização da lista tríplice para a escolha do PGR.
A proposta é que a votação dos três indicados da lista seja feita por meio do Colégio de Procuradores, da mesma maneira como é eleito o Conselho Superior. Com isso, a eleição passaria a ser regulamentada e organizada por um órgão oficial do próprio MPF.
Nos governos Lula e Dilma, o procurador-geral escolhido sempre foi o primeiro da lista tríplice, eleita pelos procuradores na ativa e aposentados filiados à Associação Nacional dos Procuradores.
Embora a categoria defenda que qualquer um dos três integrantes da lista eleita seja o escolhido pelo Planalto, não há nada que obrigue a Presidência da República a seguir a prática.
A ideia de levar a votação para um órgão do MPF manteria isso, mas numa lista chancelada por um órgão interno.
Ainda assim, nada obrigaria Michel Temer a ter que acatá-la.