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Fim de jejum: Fast bate Princesa e é campeão do estadual após 45 anos

Com gols de Peninha, Cassiano e Charles Chenko, Rolo Compressor vence por 3 a 1 e conquista o título estadual. Tubarão fica pela terceira vez seguida com o vice

Por Manaus, AM

Fast campeão amazonense (Foto: Marcos Dantas)Fast conquista o título do Amazonense após 45 anos de Jejum (Foto: Marcos Dantas)

Foram 45 anos na fila. Fila, esta, que durou muito mais para quem veste azul, branco e vermelho. Tudo podia conspirar contra. Afinal, conspirara por quase cinco décadas. Mas hoje não. Hoje, num alinhamento qualquer dos astros, não teve praga de lavadeira ou cabeça de burro que impedisse. Hoje, era dia de Fast. E a tarde deste sábado (22) vai ficar para sempre na história como o dia em que o Rolo Compressor rompeu mais um jejum histórico. Rompeu os boatos de uma sequência de má gestão. Rompeu o tabu de que não é capaz de montar elenco vitorioso. Apostou, com poucas fichas, e - que ironia - muita sorte, no título. A chuva abençoou, ou só choveu porque o Fast saía da fila. Mas o que importa, mesmo, hoje, é que é com a taça que os fastianos vão dormir. Os gols foram de Peninha, Cassiano e Charles Chenko.

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O jogo

Muito mais incisivo nos, pelo menos, 20 minutos iniciais, o Fast dominou o ataque e ditou, completamente, o ritmo de jogo. Pecava nas saídas de bola pela lateral esquerda, mas, daí mesmo, de tanto errar, passou a acertar. Andrézinho, em dia inspirado, foi essencial para servir Peninha, que jogava mais enfiado que o normal. Cassiano deva o sustento na entrada da área e Charles, mesmo com chances frustradas, apareceu para receber. Foram três boas chances de gol para o Fast. Mas, até então, Rascifran, o goleiro, não precisara sair da zona de conforto.

Fast campeão amazonense (Foto: Marcos Dantas)Comemoração do primeiro gol do Fast. André Luiz vibra (Foto: Marcos Dantas)

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Foi aí que, em contra-ataque em alta velocidade, que começou com Deurick e Gelvane, o Princesa teve sua primeira e grandíssima chance de gol. Jefferson - sempre ele - recebeu na entrada da lateral esquerda e mandou direto para o gol. Sucuri, com seus mais de dois metros de altura, precisou se esforçar para chegar na bola rasteira e salvar.

Depois da primeira grande investida do Princesa o jogo começou a tomar forma de Final. Mais equilibrados, os times passaram a ter dificuldade de sair, com boas chances, da intermediária. Mais confiante, o técnico Zé Marco soltou o time para tentar mais criações pela ponta direita. Numa dessas, mais uma vez, em contra-ataque, Emerson Martins arriscou de fora da área, no cantinho, e Rasci voou para segurar.

Fast campeão amazonense (Foto: Marcos Dantas)Torcida do Fast compareceu em bom número à Arena da Amazônia (Foto: Marcos Dantas)



Foi aí que, aos 40 minutos, Robinho tentou invadir a pequena área pela ponta esquerda e levou entrada dura do goleiro Rascifran. Pênalti a favor do Fast. Justo. Peninha foi para a cobrança, tomou distância, e bateu com confiança para abrir o placar. 1 a 0. No fim, até de calcanhar o camisa 17, Charles chenko, tentou mandar de calcanhar. Mas não deu.

A volta do intervalo começou com os nervos à flor da pele. À la final, mesmo. Logo no segundo minuto de jogo teve início de confusão por falta, a favor do Princesa, na área do próprio Tubarão. Os atletas do Fast contestaram a falta por recuo de bola, mas os ânimos foram contidos logo no início da discussão.

Princesa vice-campeão amazonense 2016 (Foto: Marcos Dantas)Jogadores do Princesa recebem a premiação (Foto: Marcos Dantas)



A chuva que caía na Arena só podia querer dar sinais de que algo maior estava por vir. Cassiano, aos 10 minutos, pegou a sobra de uma bola na saída pela ponta direita, deixou dois para trás, e completou sozinho para o fundo das redes de Rascifran, de canhota.

Mas, em meio às reviravoltas do jogo, do toma lá-dá-cá, o Princesa diminuiu, cheio de clichês. Aos 14 minutos, o árbitro marcou pênalti após Emerson colocar a bola na mão. Jefferson partiu para a cobrança e consolidou o 2 a 1.

Não demorou. Aos 18 minutos, Charles Chenko. ele, sumido há algum tempo em campo, ganhou a bola  de Emerson, nos pés. Pedalou, ficou livre, e mandou para fundo das redes para concluir o 3 a 1 e assegurar a vantagem fastiana.

À vontade, o elenco tricolor passou a dominar a Arena da Amazônia. Com a música sendo tocada pelo time de Cavalo, era difícil para o Princesa criar investidas com potencial de gol. Zé Marco tentou colocar Léo, para movimentar o ataque, mas a diferença foi pequena. Enquanto isso, o destino conspirava para que, até as bolas ruins, levassem perigo ao gol de Rascifran.