O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ) ofereceu denúncia contra dois policiais militares suspeitos de matarem Jaisson Caíque Sampaio dos Santos, de 23 anos, em Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Segundo o MP, os policiais vão responder por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e à traição) e por tentativa de homicídio.
Os crimes aconteceram na manhã de 2 de junho deste ano, em uma área de propriedade rural localizada em frente à Praia Brava, em Trindade. Jaisson foi atingido por disparos no pescoço, costas e perna. O irmão dele, Jedson Allison Sampaio dos Santos, também foi baleado, mas conseguiu fugir — por isso os policias também são acusados de tentativa de homicídio.
De acordo com a denúncia, os crimes foram cometidos "em razão de uma disputa de terra". Ainda segundo o Ministério Público, os policiais atuavam ilegalmente como “seguranças” para uma empreiteira.
Após o ocorrido, os militares se apresentaram na 167ª Delegacia de Polícia (Paraty) e chegaram a ficar 72 horas presos. Eles foram liberados para prestar serviços administrativos dentro da Polícia Militar. Os agentes respondem em liberdade pelos crimes.
De acordo com a assessoria de imprensa do MPRJ, cabe agora a Justiça acatar o pedido de denúncia do Ministério Público Estadual. Se aceito, os policiais viram réu no processo penal e irão a júri popular. Caso condenados, eles poderão pegar até 20 anos de prisão.
Durante a tarde, através de nota da assessoria de comunicação, a Polícia Militar se manifestou sobre o assunto.
"Com relação aos PPMM em questão, a unidade informa que os mesmos estão respondendo a uma sindicância, cujo objetivo é avaliar as questões disciplinares, podendo os mesmos, inclusive responderem a um precesso administrativo disciplinar que comine com até mesmo a exclusão. Com relação às questões Judiciais, as mesmas são de competência exclusivamente da Justiça Comum".