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BRASIL

Câmara articula anistia para caixas dois ainda em novembro

Michel Filho

Está em gestação entre a maioria dos líderes da Câmara — base aliada, PT e PCdoB — uma nova tentativa de votar a anistia para o caixa dois. A ideia é ter a anistia aprovada até o fim do mês, antecipando-se à homologação da delação da Odebrecht e ao provável tsunami que arrastará meio mundo político encrencado com caixa dois.

Os deputados vinham trabalhando com dois possíveis caminhos. Primeiro, a inclusão da anistia no relatório sobre as dez medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público Federal, ideia abortada ontem por Onyx Lorenzoni quando ele leu o relatório na comissão do tema defendendo a criminalização do caixa dois e não falou em anistia.
Onyx sabia que sepultaria sua carreira política se o fizesse.
O outro caminho requer o que faltou aos deputados, inclusive aos líderes e à Mesa Diretora em setembro: coragem para comprar a briga.
A ideia é, na votação em plenário do texto das dez medidas, os líderes (exceto os do PSOL e da Rede) apresentarem um substitutivo, tipo de emenda que altera o teor do projeto, que propusesse a anistia.
O texto proporia que todos os políticos que tiveram recursos não declarados em suas campanhas até agora não poderiam ser processados pelo novo tipo penal que se avizinha.

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