Política Lava-Jato

Cláudia Cruz e filhos visitam Cunha em Curitiba

Mulher de deputado cassado vê o marido pela segunda vez desde a prisão
A jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado cassado Eduardo Cunha, ao deixar a Superintendência da PF em Curitiba Foto: Geraldo Bubniak
A jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado cassado Eduardo Cunha, ao deixar a Superintendência da PF em Curitiba Foto: Geraldo Bubniak

CURITIBA - O deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu a visita da mulher, a jornalista Cláudia Cruz, de sua enteada Ghabriela e de seus três filhos: Danielle, Felipe e Barbara (única que também é filha de Cláudia). A família de Cunha chegou por volta das 8h desta quarta-feira na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, e ficou por cerca de três horas no local. A jornalista ainda voltou à PF sozinha durante a tarde.

A família entrou na carceragem quase uma hora antes que os familiares de outros presos, já que toda quarta-feira é dia de visita. De acordo com a Polícia Federal, isso aconteceu para impedir que Cláudia, os filhos e o ex-deputado encontrassem outros presos da Lava-Jato. A visita também ocorreu em uma sala separada. Ninguém falou com a imprensa ao entrar ou ao sair do prédio.

Mesmo com a garoa que caía no momento em que chegaram no prédio da PF na manhã desta quarta, a jornalista e as filhas de Cunha usavam óculos escuros. Cláudia, assim como na visita que fez na sexta-feira passada, estava vestida de preto, com um casaco branco por cima da roupa.

Os filhos deixaram o local às 11h10. Eles haviam chegado à Superintendência da PF em um táxi, carregando malas com itens para o ex-deputado. Segundo a PF, Cunha recebeu dos filhos roupas e dois livros, além de frutas e biscoitos.

Cláudia Cruz ficou alguns minutos a sós com o marido e deixou o prédio às 11h30min. Ela havia se dirigido ao local em outro táxi, acompanhada de um advogado que tentou impedir, cobrindo o rosto dela com um guarda-chuva, que a imprensa registrasse imagens da cliente. Ela carregava apenas uma bolsa de mão. Na hora de ir embora, seguida por cinegrafistas e fotógrafos, perdeu o sapato ao entrar no táxi. Sentada no banco de trás do veículo, recolheu o calçado que ficara caído no chão.

Na segunda visita que fez à PF nesta quarta-feira, Cláudia deixou o prédio por volta das 16h20, também ao lado de um advogado. Ela usava óculos escuros e carregava uma bolsa grande.

Cunha foi preso pela Operação Lava-Jato há uma semana; acusado de receber propina de contrato de exploração de petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. A prisão dele foi determinada pelo juiz Sérgio Moro.

Cláudia Cruz também é também ré em processo da Lava-Jato. De acordo com as investigações, ela foi favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido. Cláudia deverá ser ouvida pelo juiz Sérgio Moro em 14 de novembro.

PALOCCI RECEBE TAPETE DE IOGA

O horário de visita dos familiares do ex-ministro Antônio Palocci e do ex-diretor da OAS Léo Pinheiro começou um pouco mais tarde nesta quarta-feira. Eles tiveram que esperar a entrada da família de Eduardo Cunha e de uma transferência de presos para uma penitenciária em Piraquara. Além de alimentos, Palocci recebeu dois tapetes usados para a prática de alongamento ou ioga.